Eu sempre fui uma pessoa crédula.
Acredito, por exemplo, que beber depois de um dia ruim é a solução de todos os problemas.
Acredito que dias ensolarados são melhores do que os dias nublados e que a chuva é um castigo assustador projetado por Deus...
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— Por que você está mancando dessa vez? Está tentando enganar alguém com o sexo selvagem de novo? — Lisa pergunta quando me aproximo com duas tigelas de lámen e os hashi.
Faço uma careta, estendendo a comida em sua direção, enquanto me sento na cadeira ao seu lado.
Lily dorme em seus pés.
— Estou com um novo projeto e acabei me machucando enquanto o executava.
— Que projeto? — Ela franze o cenho.
— Esposa gostosa e não sedentária. — Pisco em sua direção. — Passei o dia subindo e descendo as escadas para tentar me acostumar com elas e não parecer que corri uma maratona a cada lance.
— Você quer um elevador? Posso mandar construir, mesmo que você só vá andar se eu estiver em casa — oferece, e bufo, resmungando, embora me surpreenda por ela lembrar o que falei sobre o elevador da última vez.
— Você deveria apoiar o meu projeto: “diga não ao sedentarismo”!
Ela sorri.
— Está bem. Então, como você se machucou? — pergunta, soprando o lámen antes de colocá-lo em sua boca.
— Lily estava miando por causa da minha agitação e acabei olhando para ela ao descer o último degrau. Meu pé deslizou e torceu.
Ela para de mastigar, engolindo a comida no seco.
— Está doendo? Você quer que eu chame um médico? Por que você não me avisou logo? Inchou? Foi uma torção mesmo? Como você sabe que não quebrou? — As perguntas saem uma seguida da outra e ela inclina sua cabeça, tentando ver meu pé por baixo da mesa.
Chuto sua perna com o pé não machucado, ela grita.
