ഒ ࣪˖ meu pássaro...so meu໋֢𖥻 𓏲› dabihawks

um passarinho novo?..

Hawks passou a manhã na agência, concentrado em relatórios e missões recentes. O ambiente era caótico como sempre, mas ele sabia disfarçar a fadiga com seu sorriso característico e a postura relaxada. O burburinho de vozes se aquietou subitamente quando o Comissário entrou na sala com um olhar sombrio.

"Hawks, precisamos de você para algo delicado. Uma infiltração na Liga dos Vilões", disse o homem em um tom que não deixava margem para dúvidas. O sorriso de Hawks oscilou por um instante. Ele já esperava uma missão dessas, mas a antecipação da escuridão que teria que encarar trouxe um peso diferente.

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No esconderijo da Liga, Dabi observava a movimentação com seus olhos frios e atentos. Havia um ar de tédio em sua postura, mas isso nunca deveria ser confundido com descuido. Ele era uma bomba de pavio curto, e poucos ousavam provocá-lo. Quando Hawks apareceu pela primeira vez na base, com aquele sorriso confiante e a aura despreocupada, Dabi sentiu seu instinto de desconfiança gritar.

"O que você quer aqui, passarinho?", a voz de Dabi soou áspera, quase um rosnado. Ele caminhou até Hawks com passos lentos, olhos estreitados como se avaliasse a presa. Hawks, em resposta, apenas sorriu, mantendo o olhar fixo e inabalável.

"Me disseram que vocês têm espaço para mais um", disse Hawks, casual, mas atento. Dabi estreitou ainda mais os olhos e agarrou o colarinho de Hawks, puxando-o bruscamente para perto.

"Ouça bem, garoto de asas", Dabi cuspiu as palavras, seu hálito quente com o cheiro de cinzas. "Se você acha que pode entrar aqui com esse seu sorriso cínico e não sair chamuscado, está mais louco do que eu pensava." Ele o soltou com um empurrão, e Hawks deu um passo para trás, mas sem perder a compostura.

"Adoro uma recepção calorosa", brincou Hawks, ajeitando o colarinho amassado. Dabi cerrou os dentes, irritado com a provocação, mas não disse mais nada, apenas se afastou com um olhar carregado de avisos.

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As semanas que se seguiram não foram fáceis. Hawks enfrentava olhares desconfiados e provocações constantes. Mas a pior parte era Dabi. O vilão não perdia uma chance de testá-lo, confrontá-lo, empurrá-lo até o limite. Sempre com palavras cortantes e ameaças que, por vezes, soavam mais reais do que Hawks gostaria de admitir.

Certa noite, depois de uma emboscada fracassada organizada por heróis, Hawks estava no fundo do galpão, fingindo ignorar a dor nos músculos e a culpa que pesava sobre ele. Dabi se aproximou, as botas ecoando no chão de concreto.

"Você é um peso morto, sabia?", disse Dabi, a voz baixa e carregada de desprezo. Ele parou diante de Hawks, encarando-o com olhos que pareciam queimar. "Um dia, você vai errar a jogada e eu mesmo vou te acabar. Mas até lá, é melhor você ficar fora do meu caminho."

Hawks levantou o olhar, encarando a fúria no rosto de Dabi. Por um instante, seus sorrisos e brincadeiras se foram, deixando à mostra o verdadeiro cansaço em seus olhos.

"Talvez eu esteja onde deveria estar, Dabi", respondeu Hawks, a voz firme, mas com um traço de desafio que fez o vilão dar um passo à frente, ameaçador.

"Então prove", Dabi respondeu, sua voz um sussurro carregado de ódio e curiosidade. "Prove antes que eu acabe com você."

E assim, sob a sombra das mentiras e na linha tênue entre o heroísmo e a traição, Hawks soube que não havia retorno. Mas se sobreviveria ou se deixaria consumir pelo fogo, ainda era um mistério que nem ele sabia responder.