Ethan estava correndo pelo corredor do hospital, segurando sua irmã Bruna nos braços. Ambos estavam machucados, o sangue escorrendo de alguns cortes, mas ele se esforçava ao máximo para ignorar a própria dor. A cada passo, o peso da irmã parecia aumentar, mas a determinação de salvá-la era maior do que qualquer dor que ele sentisse. Finalmente, ele chegou à sala de emergência.
O médico olhou para eles, com a expressão pesada. Assim que Bruna foi colocada em uma maca, ele se aproximou de Ethan, segurando seu ombro com um pesar evidente.
– Sinto muito, mas... não há nada que possamos fazer. Já é tarde demais – disse o médico, com a voz baixa.
A música "Stop Crying Your Heart Out" tocava ao fundo, quase como um sussurro trágico. As palavras soaram como um golpe final em Ethan. Ele sentiu as pernas fraquejarem e caiu de joelhos, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Não, Bruna..." ele murmurou, enquanto as memórias o arrastavam para o que parecia uma outra vida, um outro tempo.
Dias antes...
Era um dia ensolarado, e Ethan e Bruna estavam brincando no quintal da casa. Bruna ria alto enquanto Ethan tentava alcançá-la.
– Você nunca vai me pegar! – ela gritava, correndo com toda a velocidade.
Ethan sorria, fingindo uma cara de bravo.
– Ah, é o que vamos ver, pirralha! – ele retrucou, aumentando a velocidade.
Bruna, gargalhando, tropeçou e caiu no gramado. Ethan parou de correr e, ofegante, estendeu a mão para ajudá-la a levantar.
– Ei, você está bem? – perguntou ele, com um sorriso gentil.
Ela sorriu de volta, com uma expressão marota.
– Claro que estou! Só estou esperando você admitir que perdeu – brincou ela, piscando o olho.
Os dois se sentaram na grama, aproveitando o calor do sol, que parecia intensificar o riso deles. Bruna deitou a cabeça no ombro do irmão, suspirando.
– Ethan, você sempre vai cuidar de mim, né? – perguntou ela de repente, olhando para o céu.
Ethan sorriu, confiante.
– Claro, Bruninha. Nada de ruim vai acontecer enquanto eu estiver aqui. Eu prometo.
Ethan estava com as malas prontas, prestes a sair de casa em direção ao aeroporto, quando olhou para o relógio e percebeu que estava atrasado. Ele ia para outro país a trabalho, uma missão importante e arriscada. Bruna tinha implorado para ir com ele, mas Ethan havia sido firme.
– Dessa vez, não, Bruna. É perigoso, e eu ficaria preocupado o tempo todo – disse ele, tentando ser o mais gentil possível.
Bruna fez um beicinho, fingindo estar chateada, mas Ethan sabia que ela entendia. Sabia que ele faria qualquer coisa para protegê-la. Antes de sair, ele a deixou na casa do namorado, Miguel, um rapaz que sempre mostrou ser confiável e que claramente adorava Bruna. Miguel era a pessoa que Ethan confiava o suficiente para cuidar de sua irmã enquanto ele estivesse fora.
Já a caminho do aeroporto, o telefone de Ethan tocou. Ele franziu a testa ao ver que era um número desconhecido. Relutante, atendeu.
– Alô? – disse ele, com cautela.
Do outro lado da linha, uma voz masculina, calma e fria, respondeu:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Sombras e Destino: O Retorno da Morte
Science FictionEm Breve: Entre Sombras e Destino: O Retorno da Morte Após a queda de Phantom e o fim de sua jornada como assassino, Ethan tenta seguir em frente, buscando um novo começo longe das trevas que o definiram. Mas quando a verdadeira Morte o chama para u...