Olívia, herdeira de uma empresa em crise, é forçada a casar-se com Cristian, um homem enigmático com conexões obscuras. A pedido de sua mãe, ela sacrifica sua liberdade para honrar a memória do pai. No entanto, Cristian esconde segredos sombrios e s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
POV CRISTIAN
Vê-la nos meus braços frágil acabou comigo, o que teria acontecido se ela não tivesse tido a sorte de pegar em um lugar que não fosse fatal?
Eu teria a perdido para sempre.
Quando você trabalha com coisas que não são legais e tem riscos, ter família te torna vulnerável. Em todos esses anos, planejando, cultivando o ódio dentro de mim eu nunca pensei que eu teria... medo.
Medo de perdê-la
Eu só tinha um único objetivo, e desde o momento em que a vi, tudo mudou. Eu não respiro, eu não como, eu não me acalmo, eu não vivo... Não vivo sem ela mais. Eu preciso vê-la antes de sair ou antes de dormir. Esses dias em que ela se recuperou, preferi ficar distante, a observando apenas. Assim não teria risco de machuca-la, eu a queria bem.
Eu não consigo ser constante, a cada dia fica mais evidente que tem algo de errado comigo, ela com certeza já reparou. Meu segundo medo é esse, quando ela descobrir que eu sou... que eu tenho alguns problemas, ela me deixará? Eu não quero que ela me deixe, nunca.
Eu a amo. Agora eu sei.
Estou a mais de duas semanas trancado em um quarto separado desde que a vi olhando sua ferida no espelho. Minha culpa, somente minha culpa.
Aquela bala era para mim, somente para mim.
O quarto está escuro, eu não vejo a luz do sol tem uns dias. Não tenho ido trabalhar, não tenho me alimentado direito, eu estou um caco.
Por que eu nasci?
Mãe, você deveria ter me abortado, seu desejo pesa em meus ombros todos os dias ao me levantar, a responsabilidade de agradar, de cumprir espectativas... Até quando aguentarei? Essa pressão é por eu ser o segundo, o desejado da minha mãe mas não do meu pai... Cillian faz falta, como faz... Talvez fosse mais fácil suportar tudo se ele estivesse aqui.
Eu só apareço no outro quarto quando Olívia dormiu, para ver seu rosto sereno enquanto dorme, garantindo que nada acontecerá, depois volto para cá. Levantei-me e fui em direção ao espelho, a luz da lua entra pela janela iluminando um pouco o ambiente, então dava para ver um pouco do meu reflexo. Eu estava de calça moletom e camiseta.
Há dois dias.
Minha barba já estava por fazer, o cabelo um tanto embolado e bagunçado. Eu estava um trapo e fedendo. Olívia não veio me ver, em nenhum momento me questionou por eu estar distante, ela não sente minha falta? Ela deixou de gostar de mim? Mas por que ela gostaria de alguém... Assim?
Eu não tenho NADA para oferecer a ela.
Eu sou todo quebrado, não sei tratá-la direito e muito menos... Eu não sei amar, eu não sei amar ela da maneira certa. Todos esses anos a odiando, querendo me vingar quando amá-la foi a melhor coisa que eu fiz. Tê-la em meus braços foi e sempre será a melhor coisa que aconteceu em toda minha pequena e inútil existência, a melhor sensação que eu poderia ter.