Prólogo

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18 MESES ATRÁS 



Uma batida na minha porta me acorda com um susto. Devo ter adormecido estudando. Deslizando da cama, eu balanço minha cabeça para limpar a névoa do meu cérebro. Um dos capangas do meu pai está do outro lado da porta, vestindo o que chamo de uniforme de mafioso típico, um terno todo preto com camisa branca e gravata preta. 

 — Seu pai quer você lá embaixo, agora. — Seus olhos vazios e sem alma me encaram, uma imagem espelhada dos do meu pai. 

Eu sei que não devo dizer não, então eu aceno com a cabeça e o sigo até o escritório. Meu pai está sentado na grande cadeira de couro atrás da mesa colossal que é tão ostensiva quanto o homem. Eu fico enraizado no local. Não é do meu interesse me mudar antes de me mandar. 

Ele me ignora enquanto termina um telefonema.

 — Eu disse para fazer isso, não estrague tudo. — Ele bate o receptor e levanta os olhos para mim. 

 — Sente-se, temos negócios a discutir. — Ele procura por qualquer sinal de fraqueza.

 É assim que nossas interações acontecem toda vez que ele me chama, mas aprendi a me proteger do seu escrutínio. Sentado em frente à mesa, o medo de dizer a coisa errada me impede de dizer uma palavra. Concentro meu olhar na pintura dos meus avós que está pendurada atrás dele. Sempre que sou chamado ao escritório dele, nunca é a meu favor. 

 — Pedi a você aqui para discutir um trabalho que tenho para você. Eu permiti que você vadiasse de mim por muito tempo. É hora de você se juntar aos negócios da família.   

O medo como nunca senti rouba o ar dos meus pulmões. 

— Mas... — Ele bate a mão na madeira de cerejeira, interrompendo minhas palavras. 

Assustado, eu me encolho, esperando que um golpe venha. 

 — Sem, mas, é hora. Você não tem outra opção. Esta é sua vida. Eu permiti que sua avó, que Deus tenha a alma dela, mimasse você, mas não mais. Na próxima sexta-feira, preciso que você vá com Bruno até as docas. Ele vai se encontrar com um idiota que me deve dinheiro. Ele está atrasado em seus pagamentos, então você vai mostrar a ele o que acontece quando alguém me irrita. 

Meu estômago aperta com o pensamento do que ele está me pedindo para fazer. 

— O que Bruno vai precisar de mim?   

 — Oh, ele não vai precisar de nada de você. Ele estará lá apenas sendo seu backup e para garantir que você faça o que é esperado. Eu dei a essa pessoa muitas chances de pagar suas dívidas, e agora é hora de ele pagar. Você vai matá-lo, e Bruno vai te mostrar o que fazer com o corpo. Pense nisso sendo sua iniciação. — Um sorriso malicioso transforma seu rosto e revela seu prazer com meu desconforto. 

Salvo (Ele é Meu 3 ) •| Vs JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora