*•*• DEVEMOS CRER QUE SOMOS DOTADOS DE ALGUMA COISA, E QUE ESSA COISA, DEVE SER ATINGIDA A QUALQUER CUSTO. Marie Curie *•*•
Os últimos raios de sol coloriam o céu naquele fim de tarde e Lena olhava sem pôr atenção, perdida em seus pensamentos. Nem o mar, em seu vaivém, espelhando sua espuma branca na areia molhada, conseguia fazê-la notar a beleza da tarde e a paisagem à sua frente.
Desde que chegara à Midville, não conseguia pensar em outra coisa.
Precisava tomar uma decisão, mas estava confusa, não tinha certeza de nada.Como seria seu futuro? Deveria ficar com Andreia ou Kara ? Andreia fora seu grande amor e desde criança elas haviam se prometido um ao outro. Quando ela completou vinte anos e Andreia vinte e um, ficaram noivas.
Ambas as famílias aprovaram o noivado e o casamento era coisa decidida. Lena nunca imaginara sua vida longe dela.Mas a guerra na Europa estava no seu auge. O Brasil havia declarado guerra contra o Eixo, aliando-se aos Estados Unidos e convocando brasileiros para combater na Itália.
Andreia foi uma das primeiras mulheres a ser convocadas. Lena precisou aceitar sua partida no primeiro batalhão da Força Expedicionária. Chorosa, despediu-se dela rezando para que voltasse são e salva.
O tempo foi passando, e ela lhe escrevia todas as semanas, apesar de as respostas serem raras. Nas três cartas que recebeu, durante todo o tempo que durou a guerra, Andreia falava da saudade que sentia de todos, especialmente dela, e do horror da guerra, revoltada coma a violência que era obrigada a suportar todos os dias.
Finalmente a guerra chegou ao fim e o coração de Lena encheu-se de esperança. Fazia mais de seis meses que ela não tinha notícias e esperava com ansiedade a volta de Andeia.
A cidade de National City engalanava-se para receber os soldados
que retornavam da guerra e desfilariam pela avenida principal. O povo foi para rua saudá-los, e Lena estava lá, esperando ver Andreia entre eles.Quando começaram a desfilar, o povo misturou-se a eles, que só conseguiam andar em fila indiana, parando aqui e ali, sendo abraçados e beijados pelas pessoas que festejavam a volta. As pessoas aplaudiam com entusiasmo e faziam com os o V de vitória.
Foi com o coração aos saltos que Lena viu um por um desfilar entre os abraços e beijos da multidão, porém Andreia não estava lá.
Quando o desfile acabou, ela voltou para casa decepcionada. Sua tentou consolá-la:
-- Não desamine. Outros batalhões vão chegar. Eu li no jornal.
-- Amanhã mesmo vou procurar notícias no regimento dele.
No dia seguinte, Lena foi até o quartel, mas não conseguiu as informações que desejava. Havia muita confusão e eles a aconselharam a esperar um pouco mais.
O tempo foi passando e ela não obtinha nenhuma notícia de Andreia. Nenhuma carta ou bilhete. Foi diversas vezes á casa da família dela em busca de notícias, mas todos estavam apreensivos, porquanto todos os batalhões já tinham voltado e ninguém sabia nada sobre ela.
Por fim, Andreia foi dada como desaparecida. Nos primeiros tempos ela manteve esperanças de que ela voltaria, mas depois, à medida que o tempo passava, foi desanimando. Três anos depois, certa de que ela havia morrido, como a maioria das pessoas acreditavam, Lena decidiu reagir e tocar a vida.
Trabalhava como secretária bilíngue em uma grande empresa, esforçou-se para progredir na carreira e retornou a vida social e habitual.
Apesar da saudade que sentia de Andreia, procurou a prima Samanta, com quem frequentava teatros, cinemas, bailes.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A vida sabe o que faz ( KarLena)
Fanfiction°•°•° LENA KIERAN LUTHOR JÁ PRETENDIA SE CASAR COM KARA ZO-REL QUANDO FOI SURPREENDIDA: ANDREIA ROJAS, SUA EX-NOIVA, QUE FOI LUTAR NA ITÁLIA E DADA COMO MORTA, VOLTOU DEPOIS DE CINCO ANOS, CHEIA DE AMOR COBRANDO O COMPROMISSO. MAS LENA NÃO QUIS. AND...