Eu tirei minha carta de motorista semana passada, como nos sempre planejamos Ana.
Assim que recebi ela lembrei de nosso planos, em andar pelas ruas, sempre sendo livres para ir aonde quiséssemos. Animados para eu ir te buscar em sua casa em vez de pegarmos o ônibus.
Mas hoje eu dirigi chorando pelos subúrbios porque você não estava perto meu amor.
Enquanto eu estou aqui, você deve estar em um carro com aquela garota morena, você sempre me fez duvidar sobre querer ter algo com ela, porém eu acreditava em suas mentiras Ana, eu acreditava que realmente me amava.
Ela é mais nova que eu, e tem tudo que sempre me fez ficar cada vez mais inseguro ao seu lado. E hoje dirigindo pelos subúrbios eu pude relembrar o quanto eu fui idiota de pensar que você realmente me amava, enquanto amava ela.
Eu sei que não eramos perfeitos, mas eu nunca tinha me sentido desse jeito por nenhuma outra pessoa.
Eu simplesmente não consigo imaginar como você pode estar tão bem agora que eu fui embora. Acho que você não me falou a verdade, aquela vez que estávamos em volta da fogueira improvisando músicas e você cantou uma para mim, uma completa mentira!
Você disse para sempre e agora eu e eu dirijo sozinho pelas ruas.
Eu sinto falta de tudo, falta de você.
Os meus amigos já estão cansados de saber disso, eles meio que te odeiam, mas eu sinto por eles que nunca vão te conhecer como eu te conheço.
E hoje dirigindo pelos subúrbios eu me imaginei indo sorridente para sua casa, voltando para você.
Mas você está com a morena, acho que o nome dela é Gabriela, ela é bonita e da mesma classe social que você.
Ela é boa para você, fico feliz por isso, fico feliz que esta bem, enquanto eu dirijo pelas ruas sozinho vendo as paradas e as luzes vermelhas, vendo seu rosto nos carros brancos, a cor que você sempre gostou, vendo seu rosto nos jardins das casas, onde você adorava pegar flores no caminho de sua casa.
Eu não consigo dirigir na frente de lugares que costumávamos ir, porque eu ainda te amo pra caralho Ana Flávia.
Vejo as calçadas por onde passávamos, ainda escuto sua voz no trânsito, lembrando de quando ríamos em meio a todo aquele barulho.
Eu estou tão triste, sei que acabamos a um tempo, mas eu ainda te amo, e não consigo te tirar da cabeça.
Como um imã passo na frente da sua casa e vejo você com ela no jardim, estão de mãos dadas e sorrindo, eu queria estar no lugar dela, vendo as estrelas como nos víamos, e planejavam nosso futuro.
Agora uma coisa que era nossa virou de vocês.
Eu quero ir embora para minha casa e chorar até dormir, como faço todas as noites, mas não o faço, fico observando vocês por alguns minutos, as duas rindo, se beijando e tenho certeza que trocando juras de amor.
Espero que seja feliz com Gabriela, enquanto eu dirijo pelos subúrbios da cidade, relembrando o que nós eramos, amor...
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(Autora pov: na história original não tem narração da mulher, porém vou fazer para o capítulo não ficar tão pequeno.)
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Hoje decidi pedir Gabriela em namoro. Estamos tão bem, é tão bom ter ela comigo.
Ela sempre foi minha best, sempre andávamos juntas até que conheci o Gustavo.
Eu achava gostar dele, mas eu estava completamente enganada. Minha paixão sempre esteve perto de mim e eu demorei pra perceber.
E essa paixão é Gabriela.
Gustavo sempre me tratou bem, ele é um amor de pessoa, mas não era pra ser e eu desejo tudo de bom a ele.
Eu e Gabi estamos em um parque, ela está deitada em meu colo enquanto eu faço carinho no cabelo dela, ate que a chamo e ela levanta me olhando.
— Gabi, você é e sempre foi o amor da minha vida. Quero você comigo todos os dias, quero acordar e ter você ao meu lado, quero ter uma família com você, quero que você seja a mãe dos nossos filhos - falo e a vejo chorar.
— Minha linda.... - ela diz com a voz trêmula.
— Você quer namorar comigo, Gabriela? - pergunto e ela não diz nada, apenas senta no meu colo e ataca meus lábios.
O beijo é lento e cheio de amor e desejo, toda vez que a beijo sinto como se fosse a primeira vez.
Essa sensação era simplesmente incrível. Nossas línguas pareciam brigar por espaço, eu apertava a cintura dela e ouvia ela gemer baixinho.
Nós separamos pela falta de ar e eu coloco a aliança nela que me beija novamente mas dessa vez um beijo mais feroz.
Nos levantamos rápido e ela me puxa até o carro me empurrando para o banco de trás, já entendi o que ela tava querendo.
Dou graças a Deus pelo vidro ser escuro pela parte de fora, pois dentro daquele carro tava um verdadeiro cabaré.
Eu amo todos esses momentos com ela..
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Fim.
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𝗱𝗿𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀 𝗹𝗶𝗰𝗲𝗻𝘀𝗲 | miotela ✓
FanfictionOnde Gustavo dirige pelos subúrbios, relembrando seu relacionamento com Ana Flávia.