thirty eight

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-Mavie: Eu te odeio! Olha o que você fez, denovo! Você sempre estraga tudo! - abandonou a sala, agora, só eu lá -

Bom, agora só eu aqui... Posso pensar no que fazer...

Acordei com a voz leve de Anna me chamando, em seguida, ela me perguntou:

-Anna: Por que você está com os olhos tão inchados?

-Estava chorando, idiota. - falei com a voz um pouco cansada -

-Anna: Disso eu sei... Quem ou o que te fez chorar tanto?

-Me preocupar com as pessoas. - olhei pra ela rapidamente, logo voltei a olhar para qualquer lugar que não seja pra ela -

-Anna: Você se preocupou com quem? - se sentou e acariciou minha perna -

-Mavie. - falei rápido e com um tom seco -

-Anna: A Mavie? - me encarou confusa -

-Ela se corta. Eu contei pra minha mãe, e ia até levar ela na psicóloga amanhã. Ela agradeceu falando que me odeia, e que eu estrago tudo.

-Anna: Não fica assim... Ela sabe que você fez por bem... Espera um pouco e ela já vem aqui falar com você.

-Ela não vem... Eu conheço ela.

-Anna: Talvez você não a conheça tanto! - falou carinhosamente - Bota um sorriso no rosto! Eu odeio te ver assim, e quase na véspera do casamento!

-Desculpa! - deixei o resto das lágrimas que me sobram caírem, logo a abraçei - Eu prometo que vou melhorar...

-Anna: Para de prometer... Você promete tanta coisa que eu sinto esse peso até em mim! Deve ser isso que está te deixando tão cansada!

-Não é. - falei e neguei com a cabeça - Eu acho que é o trabalho.

-Anna: Não, meu bem... É tudo!

-Só se eu morrer pra ter paz! - resmunguei -

-Anna: Vira essa boca pra lá. Se você morrer, eu morro junto!

-Duvido! - encarei ela -

-Anna: Eu já falei. Para de fazer essas piadas! Você sabe que eu não gosto, e morro de medo de te perder!

-Às vezes eu penso... Eu também tenho muito medo de te perder... Como seria minha vida sem você? Nossa, eu me jogaria num tanque de álcool toda cortada pra te ver viva! - falei numa certa animação -

-Anna: Não dá pra conversar com você! - eu ri, logo cutuquei seu rosto -

-Você é tão bonita... - em seguida, coloquei a palma das minhas mãos em cada olho e apertei, após sentir uma tontura insuportável -

-Anna: Você tá bem? - acariciou meu cabelo e eu neguei ainda com o mesmo movimento -

-Que horas são?

-Anna: Acabou de dar cinco... - falou arregalando os olhos - Seus remédios. - foi correndo até a cozinha - Você não escutou o alarme? - gritou do local -

Srta. Routlegde Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora