Viela Negrini é um anjo caído dos olhos como o céu e um sorriso doce que guarda segredos profundos. Ela carrega uma engenhosidade encantadora, quase distraída, mas sua alma esconde cicatrizes. A perda da mãe, uma brilhante cientista, deixou-a solitá...
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"Naquela sala escura e fria, onde a linha entre a dor e a morte se tornava tênue, ela entendeu que a verdadeira tortura não era o sofrimento físico, mas o roubo cruel de sua própria humanidade." -dellacruz
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Eu queria saber sobre dádivas.
Emmeline sempre falava disso, cada palavra dela transbordava um fascínio, uma confiança inabalável. Ela era jovem, mas conhecia os segredos que rondavam essa escola sombria, como se tivesse desvendado a própria essência do mal. Suas palavras eram como uma melodia distorcida, ecoando pela minha mente, misturando-se com os passos que eu ouvia no escuro.
Eu corri. Corria com tudo que tinha. Os pés descalços tocavam a grama, e eu sentia cada lâmina áspera, quase cortante, passando entre os dedos, arranhando a pele, deixando marcas. A risada dele me segue, rouca e cheia de desprezo. Sabia que eu estava em fuga, e essa noção parecia alimentar seu prazer perverso. Algo em meu peito implorava para que eu não parasse, mesmo sabendo que, no fundo, não adiantaria. Eu deveria persistir, deveria lutar, mas o medo era maior que o instinto. Só restava correr, como se algum milagre fosse acontecer, como se a própria Emmeline surgisse para me salvar.
Mas eu deveria saber. Deveria ter percebido o que acontece quando corremos sem boato, sem um fim visível. Era um erro achar que se foge do resultado.
Tudo se apagou num segundo. E o segundo seguinte trouxe a escuridão.
