Capítulo 79

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Vicenzo Vitale

A cerca de duas horas e meia depois, chegamos a Denver. Foi um voo rápido. Adriel já havia informado sobre minha chegada e havia um carro à disposição. Pego o bambino no colo, ele dorme. É mais de meia-noite, muito tarde para o picolo. Adriel pega nossas coisas e saímos do jantinho. Entro no carro e vou em direção a uma casa que tenho aqui. Tenho negócios aqui, às vezes venho e fico alguns dias. Então, tenho um pessoal que cuida de tudo. Ter dinheiro facilita tudo.

 Ter dinheiro facilita tudo

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Chegamos à casa. Entro e vou direto para meu quarto, deixo o picolo na cama e o cubro. Vou tomar um banho. Ver o sofrimento dele me lembrou de mim, eu era apenas uma criança um pouco maior que ele. Perdi a única pessoa que me amava de verdade: perdi minha mãe.

Respiro fundo, saio do banho, visto um conjunto de moletom e deito ao lado dele. Só consigo dormir quase ao amanhecer.

Levanto, ele ainda dorme. Faço minha higiene, tomo um banho e visto um terno preto. Tenho roupas minhas aqui, praticamente tudo.

— Tio Vince! — diz, coçando os olhos.

—Oi, Bambino . Venha, vamos escovar os dentes. Temos muitas coisas para fazer hoje—

Ele levanta e me segue até o banheiro. Escova os dentes, ligo a água do banheira e encho.

— Você consegue tomar banho sozinho? —

—Sim, eu já sou grande, tio — diz ele, dou um meio sorriso.

— Você é muito inteligente, sabia? — Ele me olha e sorri. É a primeira vez que o vejo sorrir depois do que aconteceu.

Ele retira a roupa e entra na banheira. Observo enquanto ele toma o banho direitinho.

Ele termina, pego uma toalha e enrolo ele. Pego-o no colo e levo até a cama. Ele se seca, pego uma roupa de frio na bolsa dele e ajudo-o a se vestir. Tem poucas peças, mas onde ele vai, eles vão comprar outras.

Limpo e vestido, desço com ele até a sala de jantar, já com um belo café da manhã. Ele come e pergunta sobre tudo, realmente muito inteligente.

— É sua, tio, a casa? — pergunta

— É sim, é minha — respondo enquanto como.

— Nossa, então o senhor é rico, tem avião, carro e duas casas —

— Sim, eu sou — ele abre a boca e fecha como se quisesse falar algo, mas não fala.

— Mamãe dizia que éramos pobres _diz sem me olhar

—Vocês não eram pobres, Tay,vocês só não tinham dinheiro. Pobreza existe na maldade humana. Vocês eram ricos de tantas coisas, como seu amor pela sua mãe e o dela por você —

—Não entendi muito, mas é verdade,eu amo minha mãe _diz triste

—Continue amando-a, nunca se esqueça dela, tá bom? _

O milionário Recluso Onde histórias criam vida. Descubra agora