cap.8 (1 parte) Novo

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Olhando para fora do carro sem coragem de encarar Thiago que de minuto em minuto me olha hora de forma preocupada hora com cara de poucos amigos. Resolvi parar de pensar em meus problemas e me focar na que estava acontecendo neste momento. Eu iria para casa dele, e isso me preocupava, aceitei a carona, aceitei sua companhia e agora não posso mais fingir que sou uma menina do interior doce e inocente.

Algo dentro de mim anciava por esse momento a sós, nada mais passava em minha cabeça somente a ideia de ficar a vontade com alguém do sexo oposto.

A algumas semanas eu pensava que seria uma menina com complexos por conta dos abusos que sofri. Com medo do toque de outros homens. De fato quando o senhor nojento tentou me beijar veio de volta todos os anos que passei na mão de Lúcio.

Mais no exato momento que Thiago me segurou e me levou para fora da boate me perguntei como seria seu beijo, como seria o seu toque.

Levantei a cabeça e parei de chorar.

-Estamos chegando ? - perguntei para ele.

-Sim, falta somente dois quarteirões.- Foi uma resposta seca, me perguntei se deveria questionar o porque da mudança dele. Ou aonde estávamos. Mais meu bom senso decidiu ficar quieta. Homem quando se zanga é imprevisível.

Mais alguns minutos no interior do caro e ele parou de frente a um portão grande de ferro, acionou um botão na chave do carro e o portão se abriu. Entramos dentro da garagem. Thiago saiu do carro deu a volta e abriu a porta do carona.

-Chegamos.-Anunciou. A vontade que me deu foi de responder. Não é óbvio. Mais contive minha língua.

-Linda sua casa.- eu disse ao entrarmos na sala de estar, realmente aquela casa era espetacular. Dito que eu morei em uma casa pequena de quatro cômodos. Me perguntei quantos cômodos aquela teria. Do lado de fora deu para notar que se tratava de um sobrado. A sala é rústica. Elegante. Os moveis todos de tons pasteis e negros. Uma TV de LED enorme em frente aos sofás de couro preto. Alguns quadros nas paredes, quadros feios na verdade, mais que provavelmente custavam caro. Dava para notar que ele tinha dinheiro. Não é um milionário, mais vivia muito bem.

-Deseja beber alguma coisa.

-Só agua por favor. Haa aonde é o banheiro.

-Nossa claro. Com a confusão você nem chegou a ir ao banheiro. Segue por este corredor e vire a esquerda. Primeira porta.

-Obrigada.-Caminhei rapidamente para o banheiro estava mais que apertada.

***
-Nossa sua casa é enorme.-Comentei, estávamos sentando naquele sofá enorme um de frente para o outro. Aparentemente sua irritação sumiu.

-Você acha. Sonho com uma maior.

-Para que uma casa maior. Você não é casado, ou é? -Pânico tomou conta de mim ao perceber que talvez haveria uma mulher. Que ela poderia chegar a qualquer momento.

-Não, não sou casado. E nem quero isso para minha vida. Sou muito novo para isso.

-Qual a sua idade?

-Vinte e oito. E você senhora Vermelhinha.

-Vermelhinha? -perguntei gargalhando.

-Seus cabelos. -foi sua única resposta. Senti meu rosto esquentando e abaixei os olhos com vergonha. -Estou vendo que não é somente os cabelos que são vermelhos.

Thiago se aproxima de mim e tira um fio de cabelo do meu rosto. Seu cheiro me fazia ter vontade de beija-lo.

-Você parece ser tão novinha. Com conseguiu entrar na boate.

-Já tenho dezoito. Não sou tão novinha assim.

-Dezoito é bom.-Se aproxima um pouco mais e me olha nos fundos dos olhos.

-Como assim. -Minha cabeça estava dando um nó.

-Beatriz posso te perguntar uma coisa?- balanço a cabeça de forma afirmativa.

-Você já transou?

-Transou?

-Sim, já transou, fodeu, trepou alguma vez? -Afirmo novamente apenas com um aceno de cabeça.

-Você transaria comigo? -Olhei nos fundos de seus olhos, pensei sobre o assunto. O que eu perderia se fizesse sexo com ele. Já não sou mais virgem, só conheço a dor em relação ao sexo. Por que não conhecer a parte do prazer.

-Sim. Mais com algumas condições.

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