𝗺𝗮𝗱𝗮𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗯𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.
hoje é dia de clássico. e ainda estou no hospital. o rodrigo não foi convocado de todas as formas, então permanece aqui comigo. quando quase todos já se foram. só o rodrigo e a sabrina é que ficaram. o joão veloso e o rego tinham jogo às 15h, no benfica campus com o alverca. então tiveram de ir. depois de tudo isto, veio a maria. sim, inacreditável.
eu arqueei as sobrancelhas. e vejo-a
sorri levemente. e pergunta-me se pode entrar. o rodrigo olha para mim. vendo-me suspirar. nada ciumenta diria eu. eu acenei com a cabeça. e ela entra, fechando a porta.— como estás? - pergunta ela. e vejo o rodrigo a beijar-me a testa, e depois dá nos tempo para falar.
a sabrina permanece ao meu lado, a admirar a minha filha, carlota.— maria, o que estás aqui a fazer? - perguntei eu. diretamente ao ponto.
ela suspira e olha para o bebé.— não pensava que um erro meu, tivesse mudado a nossa amizade. - a sabrina olha para mim. e eu depois de olhar para ela, volto o meu rosto para a maria. que olha para a carlota. com um carinho especial.
não sei se faria bem desculpa-la. porque sinto que voltará a fazer o mesmo. então não sei absolutamente o que fazer. — e agora és mãe, daquele monstro, e eu não estive lá para de dar o apoio que sempre dei. - pausa. — sinto-me péssima. desculpa. - diz ela. dando um suspiro fundo. eu sorri de orelha a orelha.
e abraço-a e a sabrina abraça nos as duas, apertando o espaço. eu solto um risinho com elas.— maria, desculpar-te não posso, perdi a confiança em ti de um dia para o outro. terás de me provar que posso voltar a confiar em ti. -
estamos de mãos dadas. ela acena com a cabeça. espero que me prove que realmente merece que volte a confiar nela. e que não volte a saltar para cima do meu namorado.a maria está com a carlota ao colo, e a sabrina continua a admirar a minha filha. também sei que é um grande sonho dela, e que o veloso o realize no futuro. estou a torcer por eles. o próximo a bater á porta, é o.
não consigo pensar em mais nada.
as imagens do meu cérebro, marcam acontecimentos terríveis. o meu coração aperta-se, e os meus pulmões secam. onde raios está o rodrigo. vêm a correr e dá-lhe bastantes socos. a verdade é que ele merece aquilo e muito mais, mas não aqui, á minha frente, violência para mim, sempre foi um ponto negativo. um namorado abusivo, e um pai que chegava bêbado a casa todos os dias, e descarregava os problemas do trabalho, na minha mãe, que não tinha absolutamente
culpa nenhuma. estou a entrar em pânico. a minha respiração acelera.
e estou apavorada. estou com medo do meu próprio namorado. o miguel está no chão, provavelmente com o nariz partido.— rodrigo! - grito. e o mesmo só para quando o meu irmão agarra-lhe pelos braços. e afasta-o do miguel, que mal se consegue levantar. então vira-se de lado, a ganhar forças para se levantar. mas não consegue.
— puto, acalma-te! - grita o gonçalo.
a voz dele é grossa, então o rodrigo atina, finalmente. e sobe-lhe à cabeça o que acabou de fazer. felizmente a sala está agora fechada. e ninguém observou.— o que é que estás aqui a fazer, a água do mar não sabia bem? - o rodrigo provoca. o gonçalo dá-lhe uma leve chapada no abdómen direito. e o mesmo senta-se na cadeira em frente á minha cama. e eu desviei o olhar, para ele perceber que fez merda. lava as mãos. cheias de sangue.
— eu vim em paz. só para ver a criança. - eu arqueei as sobrancelhas. vendo-o encostar á parede, ainda sentado no chão.
sem poderes de se levantar.— e achas realmente que te vou deixar fazê-lo, ou esqueceste-te de como foi feita? - digo eu. vendo-o respirar pela boca. alguém têm de ver aquilo. o gonçalo ameaça-o, a dizer que têm de dizer que bateu contra uma porta. e não porque levou um murro, estando a proteger o colega de amigo. o mesmo fá-lo.
e o quarto está, neste momento, em completo silêncio. o rodrigo a andar para um lado e para o outro. eu olho para ele, com medo. nunca o vi assim. fora de controle, digamos.
não é que não merecesse mas foi demasiado, ultrapassou os limites.
e de acordo com o meu passado, violência é para evitar, não quero mais violência na minha vida.
todos saiem. e só o rodrigo fica. aproximo-se de mim e eu estendo uma mão e ela para de andar.
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rivalidades - rodrigo mora.
Fanfiction𝑴adalena brito, uma comentadora de futebol da cmtv, benfiquista ferrenha, que passa a vida a criticar rivais, especialmente rodrigo mora, o jovem jogador do futebol clube do porto. Rodrigo têm a oportunidade de estar frente a frente com ela, e tor...