38.

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Isís. 💣

Joca tava falando e falando, uma parte minha queria acreditar, mas a outra parte dizia que era mentira, que ele só queria me enganar.

Isís: Joca, meu Deus! Eu não consigo acreditar pô, pra mim é tudo mentira. Como a mulher iria atender seu telefone? Você tá arranhado no pescoço, ficou praticamente sozinho com ela.
- Ri fraquinho, já cansada dessa conversa.

Joca: Porra Isís, eu não fiquei sozinho com ela em momento algum, o Tucano tava lá. Pergunta ele, pergunta se aconteceu qualquer parada entre nós 2. Ela atendeu meu telefone porque entrou escondida na porra do quarto enquanto eu banhava, e depois tentou entrar no chuveiro comigo, eu bati nela pô, não me orgulho hora nenhuma, mas eu não aceito esse comportamento. A garota queria se aproveitar a todo custo. - Exclamou mais alto e olhei em volta, vendo algumas pessoas me olhando.  - Deixa eu entrar, vamos conversar aí dentro.

Isís: Ai Joca, entra. - Suspirei e dei espaço pra ele entrar. - Me solta, ein! - Reclamei saindo de perto dele, quando ele agarrou minha cintura.- Aí tu quer que eu acredite? Deixe de lado tudo que eu senti, sem garantia nenhuma? Não tô te cobrando fidelidade Joca, mas eu gosto de você, e eu não vou aceitar ficar de lado na vida de alguém.

Joca: Eu gosto de tu também, linda, gosto muito! Tô te dando a minha palavra, eu não tô mentindo, não queria que tu tivesse ficado chateada. - Se aproximou, beijou minha testa, e eu fiquei parada, sem reação. - Vamo fazer as parada do jeito certo, mesmo estando errado. - Segurou meu rosto e olhou no meu olho, fazendo minha barriga esfriar e eu arrepiar.

Isís: Hm. - Ele encostou sua boca na minha e me deu um selinho demorado.

Joca: Vamo sair hoje, escolhe o que tu quer comer, na pista. - Sorri fraquinho de canto e ele me abraçou. Era um abraço bom, quentinho e confortável, Joca era enorme e eu uma pequena adolescente de 1.59, afe.

Isís: Que horas? - Perguntei baixinho, ainda sem sair do abraço.

Joca: As 19:00 eu passo pra te pegar. Hm, aquele carro ali, teu pai deu pra tua mae? - Franzi a sobrancelha e me lembrei que eu não tinha contado pra ele. Quando eu fui contar a vagabunda atendeu.

Isís: É meu, agora você não é mais meu motorista particular. - Fiz graça e ele riu.

Joca: Parabéns gostosa, tu merece. - Quer estrear ele hoje? - Sorri e balancei a cabeça concordando. - Nos tira racha, e quem perder vai ter que fazer o que o outro quer, por uma semana. - Dei alguns pulinhos de alegria.

Isís: Se prepare pretinho, pra fazer todos meus gostos por uma semana. - Falei convencida.

Joca: Vou atrás do teu pai, 19:00 a gente se encontra na entrada do morro, beleza? - Balancei a cabeça e ele me deu mais um selinho. - Só me avisa o lugar que nós vamos.

Isís: Tá bom, beijo.

Joca: Beijo, gostosa. - Beijou minha testa e saiu da minha casa, fechando a porta.

Sentia meu coração e minha cabeça mais leve, era como se fosse um peso tirado de mim.

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