Capítulo 42

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Rubi Sentinelli

Alguns dias se passaram e minha barriga já estava começando aparecer nas roupas.
Todos os dias, antes de me levantar, eu converso com o meu bebê. Digo à ele ou ela o quanto o amo e o quanto desejo conhecer ele, canto musicas para o meu bebê e como foi o meu dia.

Eu vou para o closet depois de tomar um banho rápido e visto uma roupa mais elegante, vou almoçar em um restaurante francês e ficar desenhando alguns croquis, mas antes eu quero passar na empresa do Gregório.

Coloco um vestido vermelho justo em meu corpo, seu comprimento segue até o meio da canela, um vestido midi. Ele tem um decote coração com bojo e sem alças. Calço uma sandália vermelha e pego minha boca de mão, branca. Faço uma maquiagem leve e sigo para o meu carro.

Dirijo até a empresa, estaciono meu carro e entro na empresa, passo pela recepção ajeitando meu óculos e aviso a recepcionista que estou indo para a sala do Grego.

Eu entro em sua sala e o encontro falando no telefone com o Ricardo.

— Ricardo, eu preciso desligar agora, depois eu retorno. — Ele diz me olhando e depois coloca seu celular em cima da mesa.

— Nossa, que mulher gata que eu tenho, cheirosa. — Ele beija meu pescoço e mordisca minha orelha.

— E meu filho, como está? — Ele se abaixa e começa a beijar minha barriga.

— Filhão, onde a gostosa da sua mãe está indo tão arrumada assim? Ela esqueceu que é linda demais para sair sem o papai? — Grego me olha e eu dou risada.

— Onde você vai? — Grego pergunta segurando na minha cintura.

— Eu vou almoçar em um restaurante francês bem antigo aqui da cidade e desenhar alguns croquis, eu passei só para te dar um beijo.

— Que mulher mais maravilhosa eu tenho. — Seus lábios tocam os meus e depois me olha.

— Vestida assim, cheirosa desse jeito e sem mim? E se algum homem se encantar por você, o que eu devo fazer?

— Grego, para com isso.

— Acho que eu serei obrigado a mostrar para ele que você tem homem. — Eu dou risada das suas ideias absurdas e o abraço.

— Eu nem vi você saindo de casa hoje, por isso eu vim e eu quero conversar algo importante com você.

— O que está passando em sua cabecinha, meu amor? — Ele se senta no sofá e me puxa para o seu colo.

— Sabe Grego, quando eu estava na Suíça, naquela boate, eu fiz amizade com várias garotas, ma tem uma em especial, que eu queria te pedir que você desse mais atenção à ela.

— O que quer dizer com isso meu amor?

— Eu estou aqui, a salva, em casa com meus pais, ao lado do homem que eu amo, carregando nosso bebê e aquelas meninas estão sofrendo, Rafaela foi uma grande amiga e quando eu sai de lá eu prometi que tentaria tirá-la de lá.

— Pode deixar minha pequena, eu vou ver o que consigo fazer por ela e as outras meninas com a ajuda do Ricardo.

— Eu não sei como está o andamento para acabar com a máfia, mas por favor, ajuda aquelas meninas, todas elas foram enganadas.

— Claro, pode deixar eu vou tentar fazer algo por elas, não se preocupe com isso, se preocupe apenas em de alimentar bem, descansar e se certificar de estar sempre feliz para o nosso filho. — Ele diz acariciando meu rosto.

— Ah Gregório, eu o amo tanto meu amor.

Beijo seus lábios, sentindo gosto de uísque que por certa vez ele deve ter tomado a pouco tempo antes que eu chegasse.

— Bem, como você vai passar o dia todo trabalhando, eu vou esperá-lo em nossa casa para um jantar.

— Você vai cozinhar para mim? — Ele diz fazendo uma cara engraçada.

— Deus, por que ela tem que ser tão perfeita? — Eu dou risada e me levanto.

— Eu vou indo meu amor, quero fazer algumas coisas antes de ir para casa.

— Cuidado minha pequena, se precisar de algo é só me ligar.

— Fica tranquilo, nada vai me acontecer, eu sei me cuidar. — Digo firme.

— Eu sei que você sabe. — Ele diz sério e eu o olho desconfiada. Beijo seus lábios e saio de sua sala.

Depois de entrar em meu carro, coloco o cinto e dou partida.

*****

Eu entro no restaurante e sigo para uma mesa que fica em frente a enorme janela do restaurante. Peço um Boeuf Bourguignon e uma taça de limonada.

Pego meu caderno e coloco em cima da mesa para começar a criar alguns esboços de vestidos que eu imagino um dia apresentar nas passarelas.

— Rubi? — Olho para cima e vejo uma figura feminina, eu a reconheço de algum lugar, até que me lembro quem é.

— Oi Celeste, como vai? — Me levanto e a comprimento.

— Estou ótima... — Ela olha para a mesa e depois para mim. — Vai almoçar sozinha?

— Sim, mas por favor, me acompanhe, sente-se. — Digo a convidando para almoçar comigo.

— Ai que bom, eu odeio comer sozinha. — Ela se senta e eu guardo meu caderno na bolsa.

— Ai Rubi, nem nos conhecemos direito mas eu quero muito compartilhar algo com você.

— Imagina Celeste, pode dizer o que quiser.

— Então, eu estou finalmente esquecendo o Ethan, meu ex-marido, estou conhecendo um carinha pela Internet, ele disse que é da Suíça e está vindo pra cá para nós conhecermos.

— Nossa Celeste, que maravilha, fico feliz por você.

— Ai menina, ele é um encanto, sabe, eu fiquei tanto tempo querendo voltar com o meu ex-marido, viver ao lado do pai da minha filha, mas esse homem está me fazendo mudar, eu sinto algo diferente por ele.

— Espero que seja muito feliz Celeste, você parece ser uma boa pessoa.

— Mas então, quando seu novo amor vai chegar a cidade?

— Amanhã, eu vou me encontrar com ele pela primeira vez amanhã, no aeroporto.

— Isso é muito legal da parte dele, se disponibilizar para vir conhecê-la, esse deve ser um sinal de que está mesmo apaixonado por você.

— E eu por ele. — Ela diz risonha.

Ela também pede um prato, ratatouille e vinho seco.

— Se nos encontrarmos novamente, eu espero estar com ele para lhe apresentar.

— Ah, eu ficarei muito contente em conhecê-lo.

Nosso almoço é agradável, cada vez que Celeste me contava algo sobre ela e seu ex-marido, eu ficava com mais certeza de que ela era a cunhada do Grego, eu só não tinha certeza absoluta.

Notei também que ela tirou a aliança, esse é um bom sinal, significa que ela está mesmo querendo mudar a sua vida, seus sentimentos.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora