CAPÍTULO XVIII

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"Nasci impuro à humanidade, foi o mal que tanto me feriu; eu só queria um lar, alguém para me amar, mas agora só me resta o vazio da escuridão."

DESCONHECIDO

LEWIS GREEDY

Não poderia estar mais feliz. Em tão pouco tempo, Amme seria oficialmente minha esposa. Se foi precipitação, não me interessa; quando é de verdade, não importa se é rápido ou devagar.

Penso no meu amigo, que ultimamente tem agido estranho, quase nunca está em casa. Talvez ainda não aceitou que Emma vai casar com seu suposto "irmão", mesmo sempre dizendo o contrário.

Arvid nunca foi do tipo calmo, mas esse silêncio é preocupante. Embora não devesse interferir.

- Ainda está aqui, querido? - pergunta Sra. Phillips ao me ver.

- Algo me preocupa. Seu filho está estranho!

Ela abaixa a cabeça triste, e com esse gesto tive certeza de que ela sabe de algo.

- Arvid ainda não me perdoa pelo que fiz no passado.

- Tem mais alguma coisa, e eu sei que você sabe

- Lewis, você o conhece bem; só está evitando voltar para casa.

Então ela me empurra de leve, me expulsando de casa.

- Vá trabalhar, você tem uma noiva agora.

Ela fecha a porta na minha cara sem me dar tempo de reclamar.

Decido procurar meu amigo, temendo que ele não se controle e faça alguma tolice de alguma forma.

- Você sempre vem aqui quando está com problemas!

Era um lugar afastado na floresta que nos
proporcionava a visão de um lago. Ali transbordava paz.

- Lembrou-se de que tem um amigo, tolo apaixonado?

Zomba de mim, fazendo-me rir.

- Eu nunca esqueci!

Trava-se um silêncio entre nós até que ele diz algo:

- Não é uma praga!

Olho para ele sem entender sua afirmação.

- Foram assassinadas de alguma forma. Eu examinei os corpos; todos tinham uma marca parecida.

O mesmo tira uma adaga da bainha que estava em sua cintura.

- Encontrei essa adaga no local; a lâmina condiz com as marcas nos corpos, mas o estranho é que não havia outro sinal além disso. Como se tivessem sido envenenadas.

- Como assim examinou os corpos?

Isso me deixou preocupado.

- Pense, meu amigo: se for uma praga, estarei condenado a morrer como os outros.

Aquelas pessoas, nenhuma delas apresentou sintomas suspeitos; apenas morriam de repente.

Ele tem razão; as pessoas sempre tiveram medo de averiguar, até os próprios médicos. Nunca souberam a origem!

- Se foram assassinadas como você diz, por que o assassino deixaria a adaga no local?

- Para chamar atenção ou para se safar da culpa.

- Suspeita de alguém? - Pergunto ansioso.

- Hatt é o único ferreiro por aqui capaz de possuir esta adaga.

- Mas a vó dele também era uma das vítimas!

- De fato. E é isso que causa confusão, além do fato de que ele possui outra igualmente essa, e a vó era curandeira e conhecia venenos, talvez tão mortais a ponto de não deixar rastros.

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