Prólogo

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Nanie Rodri

📍Reino de Marmaid

Os olhos serenos e escuros da Rainha Nastácia encara o Reino do topo do castelo real, seu vestido vermelho sangue voa sutilmente com o vento frio, acontecendo o mesmo com seus longos cabelos negros.

Uma das empregadas entra no quarto frio, a rainha que já não se sentia muito bem, continua no lugar, seus olhos que antes mostrava serenidade, reflete a dor de sua perda recente.

A dois meses atrás, o rei morreu, a rainha ainda vive, pelo menos com o corpo, já que sua alma foi com o amado.

— Vossa Majestade? — A voz doce da empregada ecoa no quarto frio, era nítido que a voz da mesma estava trêmula, talvez pelo frio, ou talvez fosse o medo de ser expulsa, oque não aconteceria.

— Sim? — A Nastácia diz, se virando para a empregada, saindo da sacada e indo para a parte de dentro, onde se encontrava a empregada.

— Temos uma carta do Reino de Astrong. — diz, deixando a carta em cima da banca e saindo após a reverência.

A rainha olha de ré lance para a carta, vai até ela e a pega, a carta estava úmida e gelada.

O brasão do governo imperial é visto prendendo a carta, Nastácia retira o brasão e sem hesitar tira o papel dobrado do envelope.

Quando começa a ler a carta, sua visão embasa, seu corpo fica mole e ela cai da cadeira, o baque de sua queda é alto o suficiente para ouvirem, mas por algum motivo não é um dos empregados que entra no quarto.

Com aproximadamente dois metros de altura, o corpo robusto e o rosto coberto pela máscara e o capuz, o homem se aproxima da Rainha, a pegando no colo como se fosse uma pena, e de fato ela era, seu corpo já estava drasticamente mais magro, pela perda não se alimentava direito, pela dor não sai muito do quarto.

— Cuidado com ela. — a voz grave de um dos três homens é a que se sobre sai ao som do vento.

O corpo leve é posto na cadeira novamente, suas mãos amarradas e colocam um velho pano em sua boca pálida.

— Comecem a procurar, daqui a pouco ela acorda. — um outro homem diz, e então eles começam a revirar tudo, os lençóis da cama são retirados, o velho guarda roupa é jogado no chão, as roupas da rainha caindo e rasgando, eles começam a retirar os quadros do lugar, procurando sabe se lá oque.

Nastácia que estava desacordada começa a abrir os olhos, um dos homens a ver e põe a sua frente.

— Ela acordou. — a voz do homem ecoa, a voz do homem que a carregou até ali, a voz do homem que amarrou suas mãos magras.

— Aonde está a coroa? — pergunta o primeiro homem.

Nastácia que estava sem saber oque fazer, nada responde, os olhos arregalados e a testa soando frio.

— Vossa Majestade, diga-nos onde está a coroa. — o terceiro homem disse, em um tom tão educado que parecia familiar.

Ela nega novamente e o segundo homem, o mais estressado poderíamos dizer, aponta a espada para o peito dela.

— Fale agora aonde está a coroa, ou serei obrigado a matar você. — falou e Nastácia, que desejava aquilo profundamente, se manteve quieta, os olhos já estavam normais, o corpo não suava mais.

Então, visto que nada conseguiriam, o homem de mais cedo a carrega novamente, eles saem do quarto com a Rainha nos braços, a mesma não luta, realmente já estava morta.
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Os corpos altos e fortes correm pela neve da floresta, Nastácia que já não aguentava mais o balançar, se irrita com a tamanha persistência em ser levada pelo moço.

Se mantém calada, não tinha forças para lutar de qualquer forma, não que ela não queira, é só que não tem o porquê lutar já que tudo oque ele tinha se foi.

Seu amado, suas amigas, se é que poderíamos dizer que eram amigas. Na vida da rainha tudo que se aproximava era para algo em troca.

Em um determinado momento, Nastácia deixará de ter a companhia dos três homens, agora somente o homem que a carregará estava presente no ambiente frio da floresta, que estava coberta pela neve branca.

Ela ainda sentia a presença de alguém familiar, ainda que pudéssemos criar teorias, nada era de certeza. Oque nos resta é aceitar que ela nunca saberá quem é aquele mascarado, já que ele a deixará em breve.
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Abandonada sobre a neve e o ar frio de alguma floresta, que por vez, estava coberta por neve branca e fofa, Nastácia, que já não tinha muita força, se arrastava pelo chão com o destino em mente.

Ela se arrasta até a escada da cabana de madeira e com muito esforço se põem de pé.

Com calma ela sobe as escorregadias escadas de madeira velha e abre a porta, se sentindo acolhida com o ambiente quente repentino, mas ainda assim um choque percorreu seu corpo e ela caiu no chão, não tão duro quanto imaginávamos, mas ainda assim o suficiente para deixá-la com dores.

Sozinha, com frio, sem ninguém, de luto e desacordada, agora nada poderia piorar.

Ou poderia?!

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Um reino distante- A guerra pela coroa(Nanie Rodri) Onde histórias criam vida. Descubra agora