Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 2

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Obs: Nesse capítulo haverá referência à música "Baby Don't Forget My Number" de Milli Vanilli.

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1990 - Los Angeles.

No dia seguinte, em uma manhã já não tão ensolarada quanto o dia passado, Winslet se levantou da cama com uma cara de cansaço matinal, já esperando o pior do novo primeiro dia de aula.

Ela foi até o banheiro e se olhou no espelho como não fazia há tempos. Seus olhos vermelhos, com olheiras enormes, e seu cabelo oleoso e desleixado fizeram com que ela revirasse os olhos, certamente entediada.

Hailey abriu uma gaveta e pegou sua escova de dente nova, colocou o creme dental de menta e começou a higienizar sua boca. Depois, vestiu uma camiseta de manga longa azul e uma calça de moletom preta, calçou seu All Star Chuck Taylor e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo.

Winslet se sentou na cama e rapidamente deitou parte do corpo nela. Alguns minutos depois, seu irmão bateu à porta, e ela permitiu sua entrada.

— Achei que você não iria acordar.

— Tem vezes que os nossos sonhos são piores que a realidade — ela disse, sem humor.

— Hum... poético. Eu trouxe sua mochila. Arrumei ela ontem, quando você estava dormindo — disse ele, entregando-lhe uma mochila preta.

— Obrigada — disse simples.

— Temos que ir agora, senão a diretora nos mata.

Os dois seguiram para o andar de baixo até a garagem, pegaram suas bicicletas e foram para a escola.

Hailey pedalava em silêncio ao lado de Jamie, o barulho das bicicletas quebrando a monotonia da manhã nublada. Jamie, sempre tentando animá-la, fez uma tentativa tímida de conversa.

— A escola não é tão ruim quanto você lembra, sabe? Tem algumas pessoas novas... professores também. Talvez você até goste deles.

Hailey deu um meio sorriso irônico.

— Não tenho boas memórias de lá, Jam. Não espero gostar.

Jamie suspirou, respeitando o silêncio da irmã, enquanto se aproximavam do portão de entrada da escola. Era um prédio antigo, com tijolos aparentes e grafites mal disfarçados debaixo de camadas de tinta branca. Logo no portão, Hailey já sentia os olhares de curiosidade e cochichos das pessoas que pareciam lembrar dela — a garota problemática, a desaparecida, a Winslet "rebelde" que voltou.

Ao entrarem no prédio, foram direto para a secretaria, onde a diretora, uma mulher de semblante rígido, os aguardava com um olhar avaliador. Ela observou Hailey de cima a baixo antes de se dirigir a ela.

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