Capítulo 15

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BIANCA MONTANARI (+18)

-Dio mio! - Solto de minha cadeira na ilha da cozinha e dou um gritinho de felicidade ao encarar a tela do meu computador - Eu finalmente terminei. Oh, Dio, finalmente ho finito! Finalmente!

Como prometido começo minha dancinha da vitória enquanto canto para mim mesma "Boa, garota. Quem terminou? Quem terminou? Você conseguiu! Quem conseguiu? Eu mesma!". Claro que ignorei Luca me olhando como se questionasse minha sanidade.

A culpa não é minha se ele decidiu juntar-se a mim na cozinha, eu avisei que estaria ocupada trabalhando e sua resposta foi um simples: "Não é problema, tenho trabalho há fazer também". Por isso enquanto eu estava mais uma vez ressecando minha retina na tela do computador obrigando meu cérebro a processar centenas de códigos e coordenadas digitais, Luca estava sentado do outro lado da ilha de granito lendo uma pilha gigante de papéis.

Há uma caixa de pizza vazia entre nós. Cortesia do senhor olhos-pecaminosos que decidiu pedir o jantar, já que nenhum de nós dois dispunha de tempo para cozinhar alguma coisa. Agora voltando para a minha dancinha da vitória pós-banho revigorante, horas digitando e pizza para jantar... Eu finalmente consegui!

-Por que a dança? - Luca finalmente pergunta quando termino mais um giro e decido parar com a minha coreografia super elaborada, já que não disponho de físico preparado para tanto esforço, estou ofegante agora.

-Eu finalmente acabei o Olimpius! - Sabendo que mereço mais um pouquinho de comemoração, mexo meus braços em pequenos movimentos de dança ao fazer meu caminho para a geladeira tentando resgatar uma garrafinha de água gelada para trazer oxigênio para o meu pulmão desprovido de ar.

-Você terminou? - Luca arregala os olhos e praticamente salta de seu assento e rodeia a bancada para olhar meu notebook. Claro que o homem não entenderá nada já que são códigos e mais códigos, mas ele parece muito feliz, então vamos manter a cena.

-Terminei. - Bebo metade da garrafa de uma vez porque a sede e o sedentarismo são grandes - Você não consegue ver o programa mesmo porque os próximos passos são feitos pela minha equipe na Sicília. Agora eu só preciso levar até lá e o projeto mais caro que a Famiglia já criou estará seguro.

-Não pode enviar ou algo assim? Pensei que nossa rede de comunicação fosse confiável.

-E é, mas um projeto dessa magnitude não pode ser simplesmente enviado, precisa ser transportado. - Volto a me sentar em minha banqueta, sendo obrigada a empurrar levemente o braço malhado e desnudo do deus grego ao meu lado. Nossa senhora das mocinhas corrompidas, dai-me forças - Em minha defesa, o plano original consistia em vir para cá com meus pais, aproveitarmos a festa, resolver o que precisasse e voltar para casa. Eu não contava com um possível sequestro ou um cárcere privado no seu apartamento.

-Nosso, se aceitar se minha esposa.

-Eu já dei minha resposta para esse pedido, senhor Santinelle. - Viro meu rosto para encará-lo e me arrependo no mesmo momento, seu rosto está muito perto e seus olhos parecem ainda mais hipnotizantes. Onde está a santa quando se precisa dela?

-Mas estou disposto a me esforçar para conseguir mudar sua resposta.

-Um casamento não pode ser baseado em suas habilidades com a língua. - Okay, isso não deveria ter sido dito em voz alta, mas já sabemos que minha boca tem vontade própria.

-Eu sei que você me quer, Bi. Eu também quero você. Preciso me casar e você é a melhor opção. - Luca se vira completamente para mim, apoiando um braço na ilha da cozinha enquanto seu corpo fica em perfeita exibição com a regata branca e a calça moletom.

O Matador - Contos Santinelle 01Where stories live. Discover now