Me and you - Emma Koch e Rafe Cameron

Capitulo 11

Quando o telefone de Emma tocou e ela viu o nome de Rafe na tela, sentiu um pequeno alívio. Ele era a única pessoa com quem conseguia ser ela mesma sem todas as expectativas e pressões da família. Atendeu, e a voz tranquila dele logo soou do outro lado.

— Ei, Emma. Como você está? — Rafe perguntou, a voz carregando uma genuína preocupação.

Emma suspirou, como se a pergunta dele já tivesse tirado um peso dos seus ombros.

— Já estive melhor, pra ser sincera. Hoje tive uma sessão de terapia e... — ela hesitou, mas sentiu que poderia confiar nele — bem, foi um pouco intenso. Acho que tô tentando processar tudo.

Rafe fez uma pausa, ouvindo atentamente.

— Terapia... Isso é importante, Emma. Estou aqui se precisar falar sobre qualquer coisa. — Sua voz era suave, sem julgamento.

Ela deu um pequeno sorriso, mesmo sabendo que ele não podia ver.

— Obrigada, Rafe. Sabe... acho que eu queria te ver. — Ela respirou fundo antes de continuar, meio sem jeito. — O que acha de nos encontrarmos na praia? Acho que o ar fresco e o som das ondas podem me fazer bem.

Rafe não hesitou.

— Claro, Emma. Vou estar lá em meia hora.

Emma chegou à praia e logo avistou Rafe, que estava encostado em uma cerca, olhando o mar com uma expressão tranquila. Quando ele a viu, abriu um sorriso que parecia genuinamente aliviado. Eles começaram a caminhar lado a lado, aproveitando a paz do lugar.

No meio do caminho, uma senhora idosa, claramente uma turista, passou por eles e sorriu de forma gentil.

— Vocês dois são um casal muito bonitinho, sabiam? — ela disse, com um brilho nos olhos, antes de seguir seu caminho.

Emma e Rafe trocaram um olhar meio sem graça, mas ambos riram, tentando disfarçar o nervosismo.

Enquanto caminhavam pela areia, Rafe finalmente suspirou, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

— Emma, preciso te contar uma coisa — ele começou, a voz um pouco hesitante. — Minha família... eles me pressionam para que eu me afaste de você. É como se, pra eles, estar com você fosse uma ameaça a tudo que representam. Eles acham que isso é só uma fase, algo que vai passar, mas... — ele fez uma pausa, buscando os olhos dela. — Não é assim que me sinto.

Emma o olhou, com um misto de empatia e compreensão.

— Rafe... — ela disse, colocando a mão no ombro dele. — Sei o quanto deve ser difícil ter que escolher entre o que você quer e o que eles esperam.

Rafe deu um meio sorriso.

— Obrigado por entender. Mas... você é a única coisa que tem feito sentido pra mim ultimamente, Emma. Estar com você me faz querer ser diferente, melhor. Mesmo que minha família nunca entenda isso.

Emma apertou a mão dele levemente, sentindo a sinceridade em cada palavra.

Enquanto caminhavam pela praia, Emma e Rafe começaram a trocar olhares cada vez mais frequentes. Os sorrisos surgiam naturalmente entre um comentário e outro, e as piadas surgiam como se eles já tivessem essa cumplicidade há anos.

— Lembra daquela vez que você quase caiu da moto? — Emma provocou, rindo. — Achei que ia ter que chamar uma ambulância.

Rafe revirou os olhos, mas riu.

— Ei, não foi tão ruim assim. Eu tinha tudo sob controle — ele disse, tentando parecer sério, mas sem segurar o riso.

— Claro, senhor "tudo sob controle". — Ela levantou as sobrancelhas, desafiadora.