Fitchberg
O hospital estava um verdadeiro caos, não suportava ver mais pais no meu pé desesperados pelos filhos adoecendo do nada.
-- Tem certeza, Daphe? - a voz soou pelo telefone.
-- Quase, vou passar a noite com os filhos da Cassie, por precaução. - expliquei jogando a bolsa dentro do carro.
-- Se for mesmo uma bruxa, tome cuidado, e não deixe ela te manipular, tá legal? - Beatrice diz e eu reviro os olhos.
-- Sou muita mais esperta do que pensa, irmãzinha. - murmurei antes de desligar o telefone e partir para a casa da loira.
(...)
Passei as mãos nos olhos, era um tédio ficar deitada olhando pro teto, as crianças já estavam dormindo a horas e nem sinal de bruxa, olhei para a janela e senti um mal pressentimento, acho que errei na escolha de crianças...
(...)
Os dois irmãos ouviam a história do menino, sabiam que não era uma pneumonia, assistiram o garotinho e a mãe começarem uma discussão sobre ele poder ir para o hospital com a mãe.
-- Micael, pega leve com a sua mãe. - O mais velho falou pro garoto.
-- Daphne! Graças a Deus! - a mulher de cabelos escuros falou olhando pro carro que acabará de estacionar, uma mulher jovem de cabelos castanhos desceu de pressa e correu pra abraçar a outra.
-- Tudo bem? Como ele está? - a jovem perguntou e a mulher negou com a cabeça. -- Ele vai ficar bem! Se quiser posso voltar pro hospital e ficar com ele por você, caso precise descansar. - ela sugeriu e os irmãos faziam a testa.
-- Você é médica? - Dean a questionou e a mulher o olhou e sorriu gentilmente.
-- Pediatra. - ela falou e parou ao lado do menino loiro.
-- Então sabe tudo sobre as crianças doentes? - Sam perguntou e ela assentiu.
-- Não sou a médica do caso, mas toda ajuda é bem vinda quando se trata de salvar a vida dessas crianças, não? - ela falou gentilmente.
-- Daphne, acha que dá conta de cuidar do hotel e do Micael? - Joana perguntou preocupada.
-- Relaxa, eu dou conta. - ela falou pra amiga que assentiu.
-- Eu levo você. - o irmão mais velho falou e a mulher o olhou.
-- Eu agradeço, mais... - ela tentou falar.
-- Eu insisto, não está em condições de dirigir. - ele falou e ela aceitou entrando no carro.
O carro deu partida e os dois desapareceram.