- A bubble of our past love
Coloco pra dentro o que resta da bebida, o vento refrescante no meu rosto e o barulho do resto dos alunos distante. Arrumo os óculos de sol e fecho os olhos tendo mais acesso ao escuro.
- Alunos não são permitidos aqui, peço que me fale seu nome.
Abro uma brecha no meu olho esquerdo e vejo um homem com os braços cruzados olhando para mim, sorrio e retirei o óculos.
- Bebendo a essa hora também, você está encrencada mocinha. - ele faz uma cara fofa e quase me tira uma risada.
- Claro, você me pegou. - largo a garrafa e estendo as mãos.
- Para uma adolescente de dezoito anos, você tá bem acabada, - ele se senta do meu lado. - o que tá te deixando assim?
- Eu sou uma adolescente, mas parece que a vida de outros adolescentes é mais simples. - suspiro. - Queria genuinamente me preocupar apenas com o que eu fiz na noite passada completamente bêbada.
- Não fique desejando essas "idiotices de adolescentes" para si, eles se prendem em apenas um momento e temem seguir em frente.
- Eles têm menos preocupações, já eu, tenho mais dores de cabeça. - arrumo minha postura e junto minhas pernas ao meu tronco.
- Na maioria das vezes é apenas eles aumentando tudo.
- Às vezes não estão aumentando, só não conseguem pedir socorro. - deito a cabeça no pequeno muro.
- Por que eu sinto que não é de qualquer adolescente que estamos falando?
Me levantei e quase caio para trás, mas ele foi mais rápido e me puxou para si, me salvando da morte por queda.
- É por isso que está encrencada mocinha. - rio, afasto ele e vou cambaleando até a porta. - Não quero que você caia escada abaixo.
Continuo rindo e aceito a ajuda dele, devagar descemos as escadas, eu continuo cambaleante, ele riu quando eu dei uma escorregada no último degrau.
- Obrigada. - me afasto dele.
- Não tem por que agradecer. Agora, vai beber uma água e ir para a aula.
Sigo o meu caminho até a parte movimentada da escola, minha cabeça já está sendo capaz de raciocinar. Mas meu equilíbrio não seguiu a mesma velocidade, sinto meu corpo ir para frente mas é impedido por alguém, a mão magricela me ajuda a levantar. A primeira coisa que eu vejo é a loira cientista e depois quem me ajudou.
- Se vai cair, tenta não quebrar a cara. - Mona... por que você tem que aparecer. Suspiro.
- Sempre um poço de doçura. - ela revira os olhos. Mas antes de ir embora ela fala "agradeça por eu não ter deixado você quebrar a cara. Afinal, não quer mais problemas com a mamãe". Como essa informação chegou até ela?
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The Sound of Thunder
Teen FictionHá dez anos um sequestro que marcaram suas vidas, dez anos morando longe das pessoas que amavam. Os gêmeos Fallen e Félix estão de volta a cidade, mas, suas memórias de infância os deixaram em paz? Quanto tempo demora para as cicatrizes pararem de q...