MAMORITAI - KEN SATO

iv. um pouco distante

ULTRAMAN: SUBINDO 

↻ capítulo quatro 

Kenji não voltou para casa até a meia-noite e ele sabia que estava em apuros. Luzes em sua espaçosa garagem eram as únicas em sua casa. Mina paira em apenas como Kenji anda longe da área de estacionamento "Ken, já é mais da meia-noite." Uma carranca foi escrita em seu rosto quando ele chegou, mas um pouco vacilou, olhando para Mina "Você pode... me dá um copo de uísque e crie um holograma na área, sim?"

Kenji tomou um gole grande de uísque, o líquido âmbar queimando seu caminho até sua garganta antes de ele se estabeleceu o copo no chão ao lado dele. A espaçosa garagem, geralmente cheia de veículos e ferramentas elegantes, foi transformada em um campo de beisebol improvisado. O zumbido fraco de aplausos imaginários ecoou em sua mente, enchendo o ar com nostalgia agridoce. 

Ele segurou seu bastão, sentindo seu peso familiar e a textura áspera do aperto sob seus dedos. Enquanto olhava em volta, as paredes de concreto da garagem se desfocaram, substituídas pelos campos iluminados pelo sol de Los Angeles. O cheiro de grama recém-cortada, o calor do sol da Califórnia e o zumbido distante do tráfego vieram correndo de volta, sobrecarregando seus sentidos. 

Kenji fechou os olhos por um momento, deixando as memórias passarem por ele. Ele quase podia ouvir a rachadura do bastão encontrando a bola, o rugido da multidão e os gritos de seus companheiros de equipe. Aqueles foram os dias em que tudo parecia mais simples quando o seu foco era singular e clear—baseball era o seu mundo, e ele prosperou nele. 

Abrindo os olhos, a dura realidade da garagem voltou, seu ambiente frio e estéril um contraste severo com os campos vibrantes que ele desejava. Ele perdeu L. A., perdeu a rotina, seus companheiros de equipe e o sentimento de pertencimento que veio com ela. A dor familiar em seu peito se aprofundou, um lembrete pungente de tudo o que ele havia deixado para trás. 

Segurando o bastão mais apertado, Kenji respirou fundo, tentando acalmar o redemoinho de emoções dentro dele. De repente, Mina pairou mais perto, seus braços mecânicos jogando uma bola de beisebol em sua direção. Sem pensar, Kenji balançou o bastão, conectando-se com uma rachadura satisfatória. O som de excitação zumbia de alto-falantes escondidos, imitando os aplausos de uma multidão. Ele rapidamente segurou seu ombro, sentindo a dor súbita em suas articulações enquanto soltava um gemido silencioso. 

Enquanto apreciava o breve momento de triunfo e dor, ouviu passos descendo as escadas. Estella apareceu, seus olhos se suavizando enquanto ela entrava na cena. Mina, sentindo sua presença, começou a desativar o holograma. Os campos vibrantes de LA se dissolveram em uma enxurrada de pixels, deixando para trás a realidade fria e concreta da garagem. 

Kenji virou-se para enfrentar Estella, o morcego ainda em suas mãos, uma mistura de emoções brincando em seu rosto. Estella caminhou sobre, seu olhar compreensivo e cheio de apoio tácito, mas algo em seus olhos permaneceu com emoções incertas que Kenji não conseguia compreender. Ela estendeu a mão para ele, colocando um bichinho rápido em sua bochecha antes de se afastar, deixando Kenji sem o calor de seus lábios gordos. 

"Bem-vindo a casa", ela sussurrou, sua voz mal audível antes de ligar o calcanhar. Sua figura geralmente composta tremia um pouco, um detalhe que não escapou ao conhecimento de Kenji. Seu cabelo ruivo normalmente domado estava desgrenhado, e seus olhos estavam caídos, mostrando traços fracos de lágrimas secas em suas bochechas. 

"Coração, tá tudo bem?" ele gritou, preocupação amarrando sua voz. 

Estella levantou o braço, dando-lhe um polegar para cima sem se virar. "Tudo bem", respondeu ela, sua voz soando muito menos convincente do que seu gesto. Ela continuou indo embora, deixando Kenji de pé no meio da garagem, os restos do campo holográfico agora uma memória distante. A visão de seu estado frágil puxou seu coração, enchendo-o de uma mistura de culpa e determinação para superar a distância crescente entre eles.