Pequenas Mentiras / Alastor x Lúcifer

Capítulo III - Ciúmes

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Olá! Peço desculpas pela demora por atualização, nessa época de vestibulares ficou um pouco complicado de postar com constância, mas agora estou de volta definitivamente.

A fanfic ainda não foi revisada então peço desculpas por qualquer erro ortográfico. Boa leitura!

Rosie olhou animadamente para Alastor, antes de recebe-lo com um sorriso.

- Olhe só quem temos aqui. A quanto tempo, Alastor! - fala a Overlord puxando o Demônio  do Rádio para dentro de sua loja.

- Rosie, prazer em vê-la. Pensei em dar uma passadinha antes da reunião.

- E fez muito bem, precisamos colocar o assunto em dia, afinal. - responde a mulher que ao se sentar finalmente olha para o Overlord atentamente e não consegue esconder sua surpresa ao ver a serpente branca enrolada no pescoço de seu amigo.

- Alastor, não sabia que agora tinha um bichinho! - exclama Rosie com um sorriso

- Ah, não, é apenas um companheiro, ele vem me seguindo a um tempo e como não tem incomodado não faço muito alarde com sua presença. - responde Alastor olhando para a serpente rapidamente

- Se quiser posso corta-lo e cozinha-lo para você, nunca comi carne de cobra mas não deve ser ruim. - oferece a mulher

- Não é necessário, minha querida. - responde Alastor com uma risada

Lúcifer não pode deixar de olhar indignado para a Overlord. Ela havia acabado de sugerir come-lo?!

Embora tenha percebido também que ela deveria ser a Overlord que ajudou sua filha no Extermínio, e não pode deixar de ser grato.

Ele com certeza daria mais atenção a cidade canibal depois disso, talvez algumas regalias, quem sabe.

Lúcifer sente Alastor se levantar e ele e a tal de Mosie começarem a andar, pelo que parece teriam alguma reunião agora.

Não demora muito e eles param em frente a um grande prédio, ao entrarem na sala de reuniões Lúcifer olha ao redor.

Haviam alguns outros demônios que ocupavam algumas cadeiras, deveriam ser os outros Overlords. Lúcifer não reconheceu quase nenhum, visto que não tinha contato com os Overlords a algumas centenas de anos talvez.

A reunião não tardou a começar e Lúcifer não pode deixar de sentir um certo incômodo com um olhar insistente que pairava sobre eles, pela forma como o corpo de Alastor abaixo de si tensionou ele com certeza também estava incomodado.

Lúcifer retribuiu o olhar do Overlord que os encarava e não pode deixar de estuda-lo.

O que era aquilo? Um computador os encarando?

Lúcifer sibilou ameaçadoramente para a tela a sua frente. Ao que parece Alastor gostou de sua reação e começou a acariciar suas escamas levemente.

Lúcifer não pode deixar de suspirar satisfeito, quando então balançou a cabeça fortemente. Ele definitivamente não estava apreciando as mãos daquele demônio maldito o acariciando.

A reunião foi no mínimo entediante, e Lúcifer percebeu pelo sorriso de Alastor que o demônio compartilhava de sua opinião.

Ele percebeu que estava inconscientemente se tornando melhor em ler os sorrisos do Demônio do Rádio e por algum motivo se sentiu um tanto satisfeito com essa conquista.

Ao fim da reunião, Alastor se despediu de sua amiga antes de sair do prédio e começar a se dirigir ao Hotel, quando ao meio do caminho são interceptados.

- Alastor?! Você parece bem, tem até um bichinho agora. Não tive notícias de você  desde a surra que levou no último extermínio, pegou uma cobra para protege-lo agora é? - começa o Overlord que os encarara durante a reunião

Alastor forçou um sorriso.

- Se quiser posso te dar uma surra aqui mesmo, depois dela o único que vai precisar de proteção aqui é você, Vox. - fala Alastor com seus tentáculos aparecendo atrás de si.

Vox levanta as mãos para cima com um sorriso em sua tela.

- Não precisa ficar tão na defensiva, queria apenas saber como você estava, afinal me preocupo com você ainda mais depois de todo o tempo que passamos juntos no passado. - fala Vox se aproximando

Lúcifer então parou por um momento. Alastor e aquela tela de quinta categoria já tiveram algo? Quer dizer, com certeza o Demônio do Rádio era bom demais para aquele projeto de Overlord a sua frente.

Simplesmente não entrava na sua cabeça os dois juntos. Claro, ele desprezava Alastor mas com certeza o Overlord merecia algo melhor do que aquele tablet desfigurado.

Quando Lúcifer volta a si, Vox estava em frente a Alastor, sua mão tocando os ombros do Demônio do Rádio. E antes que Lúcifer pudesse raciocinar corretamente ele avança e morde a mão do Overlord a sua frente.

Vox se afasta rapidamente, segurando sua mão que havia sido mordida.

- Mas que merda?! Eu vou matar essa cobra maldita. - rosna o Senhor da TV

Alastor então cresce de tamanho com seus tentáculos se movimentando com rapidez atrás de si.

- Não ouse, pois minha paciência já está nos limites com você. Não chegue perto de mim ou sequer pense em mim, ou eu mato você. - fala Alastor ameaçadoramente começando a andar e se afastando de Vox

- E a cobra é venenosa, se eu fosse você tomaria cuidado. - acrescenta o Overlord como uma reflexão tardia e logo voltando a andar com um grande sorriso em seu rosto

O caminho foi silencioso até Alastor murmurar de forma calma.

- Você agiu bem hoje, com certeza Vox aprendeu uma boa lição, além de que foi bem divertido vê-lo quase perder um dedo haha, tenho certeza que ele deve estar morrendo de preocupação com o "veneno". - fala Alastor não podendo deixar de rir logo após

Lúcifer sente os dedos do Overlord acariciarem suas escamas. Ele estaria mentindo se dissesse que não gostava das carícias do Overlord.

Lúcifer então em um ato impensado coloca a língua para fora e lambe a bochecha do demônio.

Alastor o olha surpreso mas logo volta seu olhar para a estrada e Lúcifer não pode deixar de se perguntar: Mas que porra ele estava fazendo?

Ele simplesmente não conseguia interpretar o que havia sentido hoje, aquele incômodo com a proximidade do tal Vox com Alastor, a raiva que o tomou quando o Senhor da TV ousou tocar o Demônio do Rádio.

Ele não deveria se sentir dessa forma, afinal ele odiava Alastor, mas por algum motivo ele se incomodava com a ideia de outra pessoa próxima a Alastor.

Ele deveria estar ficando doido, não havia outra explicação.