𝑿𝑿𝑿𝑽𝑰𝑰𝑰. 𝑷𝒐𝒏𝒕𝒐 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍

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Três meses haviam se passado desde que colocamos um ponto final, ou melhor, uma vírgula, já que tudo começou agora

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Três meses haviam se passado desde que colocamos um ponto final, ou melhor, uma vírgula, já que tudo começou agora. Três meses desde que beijei Tom pela última vez, três meses desde que o vi pela última vez, três meses desde que nós repartimos um pedaço de nossos corações para dar um ao outro, e três meses que estou vivendo o inferno na Terra.

Descobri que o contrato que encontrei era uma farsa, uma fachada completa, sem direito a visitas de Tom, a uma vida quase 100% livre, como se estivesse apenas em um emprego baixo. O homem que pertenço disse tudo quando perguntei a ele se poderia ver Tom, umas duas semanas depois que trouxe algumas das minhas coisas para sua mansão. Vivia quase sempre na mansão macabra de Ross, já que ele disse que me visitaria todos os dias se não viesse pra cá, decidi deixar Jack e Lauren o mais longe possível de tudo isso. Chuck Ross. Esse era seu nome. O nome do homem que me bateu pela primeira vez quando disse que queria ver seu inimigo.

Chuck não era o deus grego que pensava que seria, educado e que faria o mínimo, ele era o próprio diabo, conseguia ser pior que Tom já fora. Sempre que perdia a sua paciência, virava seu saco de pancada, não a ponto de não conseguir levantar, mas um braço machucado e um olho roxo viraram parte do meu corpo, como marcas de nascença que mudavam de lugar. Mas quando algo dava bem em seu trabalho, ou quando estava de bom humor, me tratava com uma rainha, digna de tudo o que queria, pedia perdão por tudo o que fizera, mas sempre repetia os erros.

No total, foram cinco vezes durante esse meio tempo. A primeira, quando pedi para ver Tom, mas ele se negou a deixar e colocou tudo a tapa, toda a verdade sobre o contrato. Duas vezes porque eu simplesmente estava no lugar errado, na hora errada; enquanto ele se estressava com algum imbecil no seu escritório e não podia descontar sua fúria neles, mas podia entretê-los comigo ali. A quarta vez, foi um pequeno "acidente"; havia escolhido o mesmo vestido vermelho que usei quando fiquei com Kaulitz pela última vez para um jantar a dois entre nós, ele derrubou o vinho no chão e eu escorreguei entre os cacos, mas sabia que havia sido de propósito. E agora, a quatro dias; Chuck recebeu um convite para um baile no interior, em um local secreto e afastado, e o recebi para ele. Lembro-me com clareza dele, era chamativo, elegante, com um toque medieval, com o nome de Tom na carta, e com o nome de seu mais novo projeto "Hellish Castle", com o endereço e email para demais informações. Guardei a carta por dois dias, e uma empregada a deixou em cima da cama achando que havia deixado-a cair embaixo da cama. Essa foi a pior de todas as vezes.

Observo o dia chuvoso enquanto passo a mão pela minha barriga e evito pensar na dor do meu olho roxo, lembrando-me de quando tudo era um pesadelo, mas um pesadelo onde eu queria estar, lembrando do último pedido que fiz a Deus quando me despedi do Capeta há exatos três meses.

~
Flashback

Ficamos em completo silêncio enquanto nos vestimos, não consigo falar sem que lágrimas escapem de meus olhos. Esse adeus seria bem mais doloroso do que eu pensava, mesmo que uma raiva sobre Tom ainda pairasse sobre meu peito, ainda sinto algo luminoso sobre ele, ainda mais depois de hoje, depois desse ato de amor, e não apenas um sexo casual e gostoso.

The Purge | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora