Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 4

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1990 - Los Angeles

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1990 - Los Angeles.

Por volta das 7h10, Hailey acordou com batidas na porta.

— Haly, achei que você já tinha acordado! — Jamie apareceu apressado, pegando a bolsa da irmã. — Estamos muito atrasados, temos cinco minutos até o portão fechar!

Winslet, ainda com a cara amassada e tentando entender o nervosismo do irmão, sentou-se na cama.

— Já tô indo, me espera lá embaixo.

— Não demora! — O jovem saiu do quarto, e Hailey se levantou.

Ela fez sua higiene matinal, vestiu um moletom qualquer por cima do pijama, calçou os tênis e deixou o cabelo solto.

A morena desceu as escadas rapidamente e viu o irmão do lado de fora da casa, ao lado das bicicletas.

— Você demorou!

— Foi mal.

Hailey subiu na bicicleta, e logo os dois partiram para o colégio, que fecharia em dois minutos.

Ao chegar, precisaram ir à diretoria para pegar autorização de entrada pelo atraso.

Os irmãos Winslet, é claro. — A diretora resmungou com desdém. — Segundo dia e já tem um atraso, mocinha? Isso não é bom.

Hailey não respondeu, muito menos a olhou; estava mais preocupada em observar a impressora imprimindo as autorizações.

— Espero não ver os dois aqui de novo, está bem?

Jamie concordou com a cabeça, e depois eles saíram da sala da diretora.

— Boa aula, maninha! — Jamie se despediu antes de ir para outro corredor.

Hailey seguiu pelo corredor vazio, pensando que o ambiente da escola era bem melhor quando não havia ninguém para julgá-la enquanto ficava escorado nos armários.

Ao passar por algumas salas com a porta fechada, Winslet respirou fundo ao parar em frente à sua, que a aguardava como os portões do inferno.

— Quer ajuda para abrir? — Ela escutou uma voz masculina atrás de si e se virou, confusa. — Não estou te seguindo, acredite.

Joseph estava acompanhado da diretora, que o encarava como uma policial prendendo um bandido.

— Depressa, entrem!

Joseph abriu a porta da sala e rapidamente recebeu os olhares de toda a turma. Hailey agradeceu mentalmente por não ser o centro das atenções naquele momento e, em poucos passos, chegou à sua mesa.

— Alunos, a Sra. Norman fará um comunicado, prestem atenção! — A professora de arte, que estava na sala, anunciou.

— Obrigada, Sra. O'Conner. Bem, como a maioria de vocês deve saber, aconteceram algumas coisas na semana passada envolvendo alguns alunos desta escola — começou, enquanto Joseph se encostava na lousa, prevendo o discurso da senhora autoritária. — Coisas absurdas, eu diria, e que não devem se repetir, porque, se forem — fez uma pausa dramática —, coisas ruins acontecerão com o futuro de vocês. A faculdade desejada por muitos não existirá mais. E, sim, isso é um aviso!

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