Gabriel não respondeu de imediato. Anne ficou olhando para a tela do celular, esperando a notificação de que ele tinha lido a mensagem. O tempo parecia se arrastar, mas ela sabia que ele estava deliberadamente demorando, prolongando o suspense. Era a cara dele. Ele adorava jogar esse tipo de jogo, onde a tensão ia se acumulando até que alguém cedesse.
Mas, dessa vez, ela não cederia.
Enquanto esperava, Anne decidiu sair do quarto e tentar afastar os pensamentos sobre Gabriel. O que ele tinha de tão especial? Ele era só mais um cara convencido, achando que podia manipular qualquer situação a seu favor. Mas, ao mesmo tempo, algo nele a atraía de uma forma irritante. Aquele sorriso arrogante, o jeito como ele sempre parecia estar um passo à frente... Isso a deixava louca.
Ela entrou na cozinha e começou a preparar um café, quando, de repente, seu celular vibrou. A notificação de mensagem apareceu na tela:
**Gabriel Guevara respondeu sua mensagem**.Anne sentiu um frio na barriga, mas não ia admitir isso nem pra si mesma. Pegou o celular, já se preparando mentalmente para o que ele iria dizer.
**Gabriel**: "Talvez eu devesse te dar uma ajudinha para lembrar melhor. Que tal outra noite assim, dessa vez com você sóbria?"
Anne bufou, balançando a cabeça. Ele não desistia nunca. Queria ver até onde ele iria com esse jogo.
**Anne**: "De novo, Guevara? Achei que você tivesse mais criatividade. Quer tentar outra abordagem ou vai continuar apostando na mesma jogada?"
Ela enviou a mensagem e se sentou à mesa com o café nas mãos, imaginando qual seria a resposta dele. Não demorou muito para o celular vibrar de novo.
**Gabriel**: "Eu poderia te surpreender... mas você precisa estar disposta a jogar comigo."
Ela riu sozinha. Claro que ele diria isso. Gabriel estava sempre testando seus limites, empurrando até ver até onde ela iria. Mas Anne estava decidida a não facilitar as coisas.
**Anne**: "Quem disse que eu não estou disposta? Talvez você é que não consiga acompanhar."
Ela enviou, satisfeita com a resposta, e tomou um gole do café. Gabriel estava sempre tão confiante, mas talvez fosse a hora de fazer ele se questionar um pouco. Deixá-lo na defensiva.
O celular vibrou de novo. Ele estava rápido dessa vez.
**Gabriel**: "Desafio aceito. Vamos ver quem desiste primeiro, amor."
Anne sentiu uma onda de adrenalina com a provocação. Era disso que ela gostava — o jogo, as farpas, a tensão crescente. Ela sabia que Gabriel adorava isso também, e, de certa forma, isso fazia tudo mais emocionante. Mas ao mesmo tempo, havia uma linha tênue entre a provocação divertida e o perigo de realmente se envolver demais.
Nesse momento, a campainha tocou. Anne franziu a testa. Não estava esperando ninguém. Quando abriu a porta, Clara entrou como um furacão, com um sorriso travesso no rosto.
— Ah, então a senhorita estava me escondendo as novidades sobre o beijo com o **Gabriel Guevara**! — Clara começou, sem nem cumprimentar direito, jogando a bolsa no sofá.
— Ah, pelo amor de Deus, Clara! — Anne revirou os olhos, já se preparando para a enxurrada de comentários que viriam. — Nem sei se aconteceu mesmo. E mesmo se tivesse acontecido, não seria grande coisa.
Clara cruzou os braços, com um sorriso debochado.
— Grande coisa ou não, você estava trocando mensagens com ele até agora, não estava? — Clara apontou para o celular de Anne que estava sobre a mesa. — Dá pra ver o sorriso no seu rosto, amiga.
— É claro que estava! Ele me provoca o tempo todo, Clara! — Anne disse, defensiva, mas sem conseguir segurar o sorriso. — Eu não vou deixar ele me manipular, só isso.
— Hmm, tá bom... não vai manipular, mas você está brincando de gato e rato com ele. E, pelo visto, você está gostando, né? — Clara provocou, sentando-se no sofá e abrindo um sorriso largo.
— É só uma questão de orgulho, Clara. Não vou deixar ele ganhar fácil assim. — Anne respondeu, tentando manter o tom firme, mas sabia que Clara não iria comprar essa tão fácil.
Clara deu uma risadinha.
— Ah, Anne... só toma cuidado, tá? Ele é o tipo de cara que sabe o que está fazendo. E você... bem, eu sei que está adorando o jogo, mas não vai demorar muito para alguém sair queimado nisso aí.
— Não se preocupa, eu sei o que estou fazendo. — Anne sorriu de volta, mas, no fundo, sabia que Clara estava certa. O jogo estava ficando mais perigoso a cada passo, e ela sentia isso a cada mensagem trocada.
O celular de Anne vibrou de novo. Clara levantou as sobrancelhas, rindo.
— Ah, fala sério, ele está mesmo te perseguindo! Vai, abre aí. Vamos ver qual foi a próxima jogada do bonitão.
Anne pegou o celular, tentando esconder a curiosidade, e abriu a mensagem de Gabriel.
**Gabriel**: "Então, o que me diz de uma revanche? Hoje à noite. Sem bebida dessa vez."
Ela olhou para a mensagem, sentindo a adrenalina correr nas veias de novo. Gabriel estava provocando, mas ela sabia que ele queria mais do que isso. Ele estava desafiando, puxando a corda. E ela estava tão envolvida no jogo que não sabia mais quem estava ganhando ou perdendo.
Clara se inclinou curiosa.
— E aí? O que ele disse?
Anne mordeu o lábio e mostrou a mensagem para Clara, que imediatamente arregalou os olhos.
— Ele está te chamando para sair de novo? Amiga, isso é perigoso! Ele não vai parar até te derrubar de vez.
— Ele acha que consegue me derrubar, mas é aí que ele se engana. — Anne disse, jogando o celular na mesa com um sorriso desafiador. — Eu vou aceitar.
Clara arregalou os olhos, surpresa, mas depois sorriu de lado.
— Então é assim que vai ser? Você vai mesmo seguir com esse jogo até o fim?
Anne deu de ombros, pegando o celular e digitando a resposta sem hesitar.
**Anne**: "Desafio aceito, Guevara. Vamos ver quem desiste primeiro."
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Sin límites - Gabriel Guevara
Fanfiction•Enemies to Lover • Tattoo • Espanha • Brigas • Palavrões • Drogas Lícitas e Ilícitas se isso te interessa, então veio para a fanfic certa