O frio começava a intensificar-se, e o vento parecia dançar entre nós, trazendo consigo um sopro de mistério. João notou o meu leve tremor e, num gesto cuidadoso, tirou um cobertor da mochila que havia trazido. Ele colocou-o sobre os meus ombros, com uma delicadeza que me fez sorrir.João (sorrindo, enquanto ajeitava o cobertor) — Não imaginava que esta noite ia ser tão fria... ou talvez só estivesse distraído contigo.
Ri-me com suavidade, um misto de timidez e conforto a encher-me o peito. O silêncio voltou a cair entre nós, mas não era desconfortável. Pelo contrário, parecia uma ponte, uma ligação invisível que nos unia sem necessidade de palavras. Ainda assim, algo na expressão de João chamou a minha atenção. Ele parecia estar a lutar contra os seus próprios pensamentos, como se procurasse coragem para dizer algo importante.
João (baixando os olhos para o chão, antes de olhar para mim com seriedade) — Sabes, sempre que venho aqui, sinto-me livre. É como se tudo ficasse mais claro...
Ele parou por um momento, mordendo o lábio inferior, e eu fiquei em silêncio, esperando. O coração começou a bater mais depressa, como se pressentisse que algo importante estava por vir.
João (respira fundo) — Mas hoje é diferente. Não é só a vista, nem o céu, nem as estrelas. É tudo o que sinto quando estou contigo.
A minha respiração ficou suspensa por um instante, enquanto ele continuava, os olhos agora fixos nos meus, com uma sinceridade desarmante.
João — Desde que te conheci, há algo em mim que mudou. É como se o mundo, que antes era só um amontoado de dias e noites, agora tivesse cores diferentes. Sorrisos diferentes. Contigo, tudo parece mais vivo, mais certo...
Senti as minhas bochechas aquecerem, e o meu peito parecia apertado de emoção. Ele parou por um instante, como se precisasse de reunir coragem para continuar.
João — E... eu não quero mais fingir que isto é só uma amizade, que somos apenas dois que se encontram por acaso. Eu quero mais. Quero-te a ti... quero-nos.
Fez-se um silêncio tão profundo que até o vento pareceu abrandar. Ele estendeu a mão, hesitante, mas determinado, e segurou na minha. O toque era quente, seguro, e ainda assim carregava uma vulnerabilidade que me comoveu profundamente.
João (num tom baixo, quase um sussurro) — Aceitas namorar comigo?
Por um momento, não consegui responder. As palavras pareceram ficar presas, esmagadas pela onda de sentimentos que me inundava. Mas então, um sorriso rasgou o meu rosto, e os meus olhos encheram-se de lágrimas — não de tristeza, mas de pura felicidade.
(Eu, com um tom emocionado) — Como não aceitar? Sempre senti que era aqui, ao teu lado, que eu pertencia.
Ele riu, um som leve, quase aliviado, e apertou a minha mão com mais força, como se temesse que eu pudesse desaparecer.
João (com um sorriso tímido) — Estava a morrer de medo que dissesses que não...
Ri-me, abanando a cabeça, enquanto olhava para ele.
(Eu, brincando) — E achavas que eu vinha contigo até aqui, a passar frio, só para te dizer que não?
João riu, o som ecoando pelo ar fresco da noite. Mas então, o riso transformou-se num olhar sério, profundo, como se quisesse gravar aquele momento na memória para sempre.
João — Prometo que vou fazer-te feliz. Mesmo que a vida me dê trabalho... mesmo que às vezes eu não saiba bem como, vou dar o meu melhor.
A emoção nas suas palavras tocou-me profundamente, e antes que pudesse responder, ele inclinou-se ligeiramente, pousando um beijo suave na minha testa. Era um gesto simples, mas carregado de significado, e eu soube, naquele instante, que estava exatamente onde deveria estar.
Passámos o resto da noite ali, a conversar sobre os nossos sonhos, a infância e os medos. Falámos sobre o futuro, não em termos concretos, mas com uma confiança implícita de que, qualquer que fosse o caminho, o faríamos juntos.
E, enquanto as estrelas iluminavam o céu acima de nós, soubemos que aquele era apenas o início de algo maior. Algo que, mesmo sem pressas, já não podia ser ignorado.
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𝘔𝘦𝘶 𝘤𝘰𝘳𝘢çã𝘰 𝘱𝘢𝘭𝘱𝘪𝘵𝘢 𝘱𝘰𝘳 𝘵𝘪-𝘑𝘰ã𝘰 𝘕𝘦𝘷𝘦𝘴
Любовные романыJoão Neves joga atualmente pela seleção portuguesa e pelo paris saint germain e eu (Anny)era apenas uma fã obsecada por ele até que nos encontramos,será que o amor pode fluir?