- Você a proibiu! - a voz da minha genitora sai zangada e sorrio ao ver minha mãe entrar no horário de sempre.
Amava que ela vinha todas as quintas me trazer o almoço. Mesmo que não seja por mim que ela tem vindo.
Me levanto indo até ela.
- Também estou feliz em vê-la mamãe! - resmungo com um sorriso a abraçando. Ela me empurra e bate em meu peito.
- Porque a proibiu Saulo? Como vou conhecer minha neta se você não a deixa ao menos compartilhar um almoço conosco! - ela fala séria e franzo o cenho sem entender o que está dizendo.
- Espere, respire e me conte o que eu fiz? Não consigo entender. - Seguro em seus ombros.
- Laura!
- Ah! - entendo o que ela quer dizer. - eu não a proibi mamãe. Não sei porque ela se recusa a vir. - minto.
Sim eu sabia, mas não iria dizer. Trabalhar esses seis meses fingindo que ela não me afeta tem me levado ao inferno. Por isso me mantenho longe ou vou enlouquecer sem poder tocá-la.
"Ainda está com ela?"
Sim, eu sei que estava sendo um canalha, pronto para jogá-la sobre aquele balcão e fodê-la até ficarmos exaustos, mas ela me lembrou da merda em que estou metido. Mesmo contra minha vontade.
- Dê um jeito de me levar até minha neta, quero conhecê-la logo! - minha mãe exige e suspiro.
- Não é como se fosse fácil mãe, ela diz que Helena não é minha e se mantém longe, e você sabe que minha vida está complicada no momento! - falo exasperado.
- Eu quero ser avó dela! - os olhos de mamãe brilham com lágrimas e sei que não ha nada que eu não faça por ela quando está assim. - Você já deveria ter acabado com esse noivado. Sabe o que eu penso.
Eu sei, sei que nenhum deles é a favor, mas é mais complicado do que parece. Mas, se ela quer a neta então terá a neta.
Assim que viu a foto que tirei escondido de um dos porta retratos na sala de Laura ela quis cortar minhas bolas por que lhe escondi que tinha uma filha. Quase não consegui segurá-la quando pegou a bolsa e me bateu exigindo o endereço da neta.
Fazê-la entender que Laura recusava-se a admitir que Helena era minha a acamou um pouco. Então ela tem vindo me trazer almoço todas as quintas só para persuadir Laura a deixar vê-la. Morro de ciúmes, mas não admito. Ela não tem vindo por mim e sim pela neta.
- Vamos, vamos lá tentar seu encontro! - estendo meu braço e ela agarra, com um sorriso largo rasgando sua face.
Descemos para o andar do refeitório, onde eu sabia que ela estava. Laura sempre mentia que tinha um compromisso urgente e eu a adimirava por conseguir inventar desculpas durante seis meses, mas minha mãe estava ficando impaciente. E quando isso acontecia ela fazia um inferno até conseguir o que queria.
Assim que nos sentamos eu percebi o olhar amedrontado de Laura, ela queria muito fugir. Segurei o sorriso, ela estava apavorada.
- Então, sua amiga não veio? - mamãe alfinetou, parecendo inocente.
- hum? - Laura estava aérea, com certeza procurando uma rota de fulga. - ah, sim, sim. Ela me ligou desmarcando.
- Que pena para ela. - mamãe começou a desempacotar suas delicias, minha boca salivou.
- Boa tarde senhor Brokman! - um atendente magricela sorriu para todos nós - em que posso atendê-lo hoje?
- Olá Roan, poderia trazer suco de laranja para todos, ah, pratos e talheres também, por favor? - pergunto educado e ele assente.
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Meu Pequeno Milagre
RomanceHistória +18. Baixa reserva ovariana. Esse foi o diagnóstico que recebebi essa manhã em um exame ginecológico de rotina. Eu sou uma mulher, aparentemente saudável, com apenas 25 anos de idade, uma carreira promissora, uma vida de luxo e prazeres que...