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↻˖ ࣪ ˑ ֗🪔𝟬𝟬𝟭. 𝗢 𝗙𝗮𝗿𝗱𝗼 𝗱𝗼 𝗣𝗼𝗱𝗲𝗿.
"Você cresce ouvindo que o poder, o seu poder, é uma bênção. Que uma individualidade, por si, já é um presente. Mas que uma individualidade poderosa é uma dádiva."
A sala de treinamento era um espaço isolado, reforçado para suportar a força destrutiva que somente individualidades de alto rendimento conseguiam exercer. As paredes de metal blindado refletiam as explosões que reverberavam como trovões mal contidos, iluminando brevemente o ambiente em um show de chamas e fumaça. O metal retorcia e gemia, cada vez mais empurrado ao seu limite de fusão e, embora aquele fosse um espaço feito para manter o caos daquele tipo de natureza sob controle, até mesmo ele se mostrava reverente à força daquele que o subjugava.
Afinal, Katsuki Bakugou era alguém a ser respeitado. Se não, a ser temido. O único capaz de transformar aquele local em uma jaula projetada apenas para acomodar seu potencial destrutivo.
O que não te explicam é que, nesse mundo, a dádiva do poder vem com "desvantagens escritas por entrelinhas".
E, como uma faca de dois gumes, precisa de controle.
E, o controle...
Ele destroi e molda quem você é.
A cada explosão, ele sentia o calor percorrer seu corpo, emanando das palmas das mãos como se sua própria energia tentasse escapar furiosamente de si. Elas preenchiam o ar com faíscas que logo se perdiam. A intensidade a qual treinava era sua forma de controle, uma necessidade que ele moldara ao longo dos anos. Bakugou sabia que seu poder não era apenas visto como uma habilidade heroica, dificilmente era visto apenas como uma habilidade.
Mas sim como um risco nacional ambulante, uma fodida bomba-relógio em constante vigilância e mais uma série de adjetivos realmente criativos. Ele sabia, leu em seu relatório mensal de desenvolvimento InQuirk. A cada ano, novas linhas eram adicionadas e cada vez mais palavras difíceis eram mencionadas. Sinceramente, Bakugou havia parado de ler após os 17 anos quando "anticristo precursor do Armageddon" apareceu. Dramáticos. Todos.
