• Estúdio (+18)

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Anne e Gabriel caminharam lado a lado pelas ruas vazias de Madrid, o som dos passos ecoando no silêncio da madrugada. Estar ali com Gabriel, sem as farpas de antes, sem os joguinhos, parecia tão diferente... e tão certo.

— Onde a gente tá indo? — Anne perguntou, cruzando os braços para se proteger do frio, mas mantendo o tom de brincadeira.

Gabriel deu um meio sorriso, os olhos brilhando na luz fraca dos postes.

— Relaxa, confia em mim. — Ele olhou de lado para ela. — Não vou te levar pra nenhum lugar assustador.

Anne revirou os olhos, mas sorriu de volta.

— Se eu acordar amarrada a uma cadeira, você vai se arrepender.

Eles caminharam mais um pouco em silêncio, o frio da madrugada começando a dar lugar a uma sensação mais amena conforme o céu começava a clarear, sinalizando o início de um novo dia. Gabriel finalmente parou em frente a um prédio discreto, com um portão de ferro enferrujado, e puxou uma chave do bolso.

— É aqui. — Ele abriu o portão e fez um gesto para que Anne entrasse.

— Isso é um prédio abandonado ou sua casa secreta? — Anne perguntou, levantando uma sobrancelha, mas seguiu em frente.

— Nenhum dos dois — Gabriel respondeu, rindo. — É um estúdio. Um amigo meu é fotógrafo e ele me emprestou o espaço por uns dias. Pensei que seria legal te mostrar.

Anne olhou para ele, surpresa.

— Você... fotografa?

Gabriel deu de ombros enquanto trancava o portão atrás deles.

— Às vezes. Não é nada sério, mas gosto de brincar com isso de vez em quando.

Eles subiram as escadas até o andar do estúdio, e Gabriel abriu a porta. Lá dentro, o espaço era grande e arejado, com grandes janelas que começavam a deixar entrar os primeiros raios de sol da manhã. Havia câmeras e equipamentos espalhados, mas o ambiente tinha um ar aconchegante, com sofás jogados pelo chão e paredes cobertas de fotos e pôsteres.

— Uau... — Anne disse, caminhando pelo estúdio, olhando ao redor. — Isso aqui é bem impressionante.

— É tranquilo. Um bom lugar pra pensar, às vezes — Gabriel comentou, tirando o casaco e jogando-o em um dos sofás. Ele a observou por um momento, depois cruzou os braços, inclinando-se contra a parede. — E... bom, eu queria te trazer pra um lugar onde a gente pudesse ficar longe da bagunça por um tempo. Sem interrupções.

Anne se virou para ele, e seus olhares se encontraram. O clima no ar mudou, e a tensão que havia desaparecido momentaneamente voltou, mas de uma forma diferente. Não era mais a tensão dos joguinhos, das provocações sem fim. Era algo mais denso, mais real, como se ambos soubessem que estavam prestes a cruzar uma linha da qual não poderiam mais voltar.

— Eu... gostei daqui. — Anne sorriu, mas havia uma hesitação em sua voz, como se ela também estivesse consciente do que estava por vir.

Gabriel caminhou até ela, parando a poucos centímetros de distância. Ele ergueu a mão, devagar, como se estivesse esperando algum sinal dela para continuar. Quando seus dedos roçaram a pele de Anne, ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo. O toque era leve, mas carregava todo o peso das palavras não ditas entre eles.

— Eu não queria estragar isso — Gabriel disse, a voz baixa, quase um sussurro. — Mas, ao mesmo tempo... não consigo mais fingir que não sinto nada quando estou com você.

Anne ficou quieta por um segundo, tentando processar as palavras dele. Ela também não queria estragar aquilo, mas, ao mesmo tempo, sabia que não podia mais ignorar o que sentia. A cada provocação, a cada farpa trocada, algo dentro dela se acendia, e agora, com Gabriel tão perto, aquilo parecia explodir em sensações que ela não conseguia mais controlar.

— A gente já passou do ponto de estragar — ela murmurou, olhando para ele. — Então, ou a gente se joga de vez, ou...

Gabriel não esperou ela terminar. Em um movimento rápido, ele puxou Anne para perto e a beijou. Não foi um beijo suave ou hesitante, mas sim cheio de urgência e intensidade, como se ambos estivessem esperando por esse momento há muito tempo. Anne retribuiu na mesma medida, enlaçando os braços ao redor do pescoço dele, sentindo o calor de Gabriel contra seu corpo. Ele então retira o vestido que ela estava usando
- Porra Anne você consegue ser ainda mais perfeita - diz Gabriel admirando seu corpo e descendo beijos pelo seu pescoço e busto.
- Esse jogo não está muito justo não é? - disse Anne vendo que somente ela estava quase nua.
Gabriel sorri maliciosamente para ela, dá de ombros e então retira sua roupa ficando apenas com uma cueca boxer preta.
O tecido macio e a renda delicada de sua lingerie roçaram a pele de Gabriel quando ele se aproximou dela novamente, seus olhos fixos nos dela. Ele a pegou no colo e a colocou sobre um balcão, passou suas mãos sobre sua pele macia, causando-lhe calafrios pela espinha. Gabriel se inclinou para perto e deixou beijos delicados em seu pescoço, descendo até suas clavículas. Anne soltou um suspiro suave quando ele começou a mordiscar suavemente sua pele. Os mamilos de Anne endureceram com a sensação de suas mãos em sua pele. As mãos de Gabriel se moveram para a calcinha de renda de Anne, traçando as curvas de seus quadris e pousando na parte de baixo da sua bunda .Os dedos de Gabriel roçaram a carne macia da parte interna de suas coxas, enviando uma carga de eletricidade pelo corpo de Anne. Ela gemeu suavemente enquanto os lábios de Gabriel beijavam a pele sensível de suas coxas, deixando um rastro de beijos ternos que dançavam até sua virilha. A calcinha de Anne foi removida enquanto a língua e os lábios de Gabriel passeavam pela sua intimidade por cima da calcinha. Seus gemidos ficaram mais altos enquanto os dedos de Gabriel acariciavam suavemente seu clitóris. Anne soltou um grito alto quando sem aviso, Gabriel a penetrou com dois dedos enquanto fazia movimentos circulares com a língua no seu clítoris. Não demorou muito, Anne atingiu o pico de seu êxtase, seu corpo tremendo e tremendo de prazer.
- Tão deliciosa - diz Gabriel se levantando e indo em direção a sua calça pegar uma camisinha.
Anne se ajeitou sobre o balcão, e quando Gabriel chegou perto ela puxou ele para o meio de suas pernas, beijando-o e sentindo o volume dele em sua intimidade.
- Vamos logo com isso Gabriel, preciso de você
Isso foi o suficiente para Gabriel, ele então colocou a camisinha em seu membro, colocou a calcinha dela para o lado e olhou para ela.
- Tem certeza de que quer fazer isso?
- Nunca tive tanta certeza - disse Anne
Então Gabriel penetrou seu membro nela, começando com movimentos lentos e devagar para que ela se acostumasse e não a machucasse.
- Pode pedir se quiser mais forte ou mais rápido, sou todo seu.
- Caralho Gabriel, você é tão gostoso. - Anne geme sentindo ele e mexendo sua cintura para se acostumar.
Então ele aumentou o ritmo, só se ouvia o barulho dos gemidos de ambos e de seus corpos em colapso um com o outro.
Por fim, os dois chegaram em seus ápices ao mesmo tempo. Gabriel e Anne desabaram nos braços um do outro, cansados e completamente satisfeitos. Eles estavam lá, entrelaçados nos braços um do outro.

— Acho que a gente se jogou — ele disse, com um sorriso satisfeito.

Anne riu, ofegante, e deu um leve empurrão nele, mas sem conseguir disfarçar o sorriso.

— Você sempre consegue o que quer, né?
Gabriel deu de ombros, sem perder o sorriso provocador.

— Quando vale a pena lutar, sim.

Eles ficaram ali, por um momento, apenas respirando o mesmo ar, sem pressa de sair daquele instante. Anne sentiu como se, finalmente, tudo tivesse se encaixado. Não havia mais joguinhos, não havia mais provocações vazias. O que restava era apenas a verdade entre eles, uma verdade que, por mais confusa que fosse no início, agora parecia incrivelmente clara.

— E agora? — Anne perguntou, a voz suave.
Gabriel sorriu.

— Agora? — Ele deu um passo para trás, observando-a. — Agora a gente vê onde isso vai dar. Sem joguinhos, sem fugas. Só a gente. De verdade.

Anne sorriu de volta. Pela primeira vez, não estava com medo do que viria.

Sin límites - Gabriel GuevaraOnde histórias criam vida. Descubra agora