capítulo 10

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Jimin 

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Jimin 



Durante o jantar, o calor que ganhou vida entre Jungkook  e eu no chuveiro, ferveu logo abaixo da superfície. Felizmente, ele não fez perguntas que eu não estou pronto para responder. Ele contou histórias sobre sua infância e crescimento com Nico e Knox. Contei a ele sobre meus avós e que minha avó era a pessoa mais incrível que já conheci. 

Assim que lavamos os pratos, Jungkook  pega minha mão e me puxa em direção à porta.

 — Vamos, vamos nos sentar perto do fogo.   

Lá fora há uma sinfonia de grilos cantando e uma coruja piando ao longe. Não há barulho de cidade aqui; é um dos lugares mais tranquilos em que já estive. Jungkook  rapidamente atiça o fogo novamente no poço de tijolos nos fundos. 

— Acho que você tem muita prática com isso. Eu levaria um mês para conseguir isso.   

 — Meu pai me ensinou quando criança sempre que íamos acampar, e eu sempre acendo um quando estou aqui. Estando nas montanhas, geralmente há um leve frio no ar à noite, não importa a época do ano. — Ele me puxa para as cadeiras de acampamento que ele colocou ao redor do poço. Cada um de nós se senta, desfrutando do silêncio. 

 — É incrível aqui em cima. Eu realmente amo que parece que somos as duas únicas pessoas no mundo. Parece... seguro. — Um olhar intenso cruza seu rosto antes que ele me puxe sobre o braço da cadeira e coloque seus lábios macios nos meus. 

Parece o céu.

 Ele não tem pressa no início, esfregando para frente e para trás, como se estivesse memorizando a forma e a textura. Sua mão livre segura o lado do meu rosto, e seu polegar acaricia minha bochecha. A gentileza de tudo isso traz lágrimas aos meus olhos. Não conheço um toque suave desde que minha avó faleceu. Ele se afasta, aperta minha mão com a dele e coloca as duas em sua coxa. 

— Eu nunca trouxe outra pessoa aqui, exceto meu pai. Achei que odiaria ter outra pessoa neste espaço comigo. Sempre tem sido meu refúgio longe do mundo.  

 — Ei, você me sequestrou e me trouxe aqui. Eu não invadi seu espaço.   

 — Acalme-se, Jimin. Eu não estava lamentando. O que eu ia dizer é que gosto de ter você aqui comigo. É bom ter alguém com quem se divertir.   

Envergonhado pela minha pressa de julgar, eu aceno e olho para o fogo crepitante. Nenhum de nós fala por um tempo, ambos apreciando o silêncio. Eu finalmente tenho coragem de falar o que penso. 

— Eu gosto disso também. O problema é que nada mudou em relação à minha situação. Eu não sei onde isso poderia ir.   

— Vamos discutir isso mais tarde, apenas relaxe. 

   

**

Minhas pernas me arremessam pela floresta em um ritmo desumano, deslizando sobre troncos e galhos. Fios de vapor branco saem da minha boca com cada respiração áspera, e a dor no meu lado me obriga a parar. Passos batendo atrás de mim me empurram para ir mais rápido. Instintivamente, sei que se vou diminuir a velocidade, será o fim para mim. Um galho caído me faz tropeçar, e eu caio de joelhos, mal parando meu rosto de bater no chão. O som de galhos quebrando atrás de mim me tira do meu torpor. Empurrando para os meus pés, eu me levanto novamente, sabendo que é tarde demais. Braços se estendem ao redor da minha cintura enquanto o peso de um corpo me traz de volta ao chão, tirando o ar dos meus pulmões com um assobio. Mãos fortes agarram meus ombros, me virando de costas. Olhos negros e sem alma que eu esperava nunca mais ver me encarando. Eu luto para me libertar e grito por ajuda. No fundo, eu sei que não há ninguém por perto para vir em meu socorro. 

Salvo (Ele é Meu 3 ) •| Vs JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora