Capítulo 7 - Riat Archer

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Capítulo 7 - Riat Archer

A Minha viagem foi tranquila no meu tempo, mas fiquei muito preocupado com a Lua, essa mulher tomou conta da minha cabeça feito uma erva daninha, estou pensando se posso perdê-la e como posso perdê-la, não vou permitir que nada a ajude a escapar das minhas mãos, minha pequena coelhinha, ela se foi. Ouse tocá-la, você terá o mesmo destino que meu pai, a morte.

Eu estou indo para a Rússia rapidamente, Abigail estava lá, como ela estava me esperando, ela me encarou com aqueles olhos de pura luxúria, quando eu visse diria que ela era uma concubina e não uma assassina altamente treinada, eu diria que ela usaria seu próprio corpo para acorrentar sua vítima e mataria seu prisioneiro custe oque custar.

-Que linda surpresa Riat♡

-Não estou brincando com você Abigail, não vou lá desde que fui para o Brasil.

-Vejo que você continua com a boca afiada, irmão, e sem jeito...

Naquele momento meu orgulho quebrou e parei no mesmo lugar e fiquei olhando para cima. Essa vadia está tentando brincar comigo, algo que aprendi com o tempo, para nunca contrariar os jogos da Abigail, ela está doente e fará de tudo para conseguir o que quer.

-Eu não sou seus brinquedos, minha irmã-Meu sorriso mostra o quão incrivelmente feliz eu estou- Saudades... Como você soube que eu estava vindo?

-Tenho olhos por todos os lados, você sabe que a mãe só fala russo, espero que o seu russo não esteja enferrujado. 

-Сестра, не говори так (irmã não fale assim)- Meu russo sai perfeito e eu vou em direção à moto que me esperava

Meu  sorriso aumenta a ver uma kawasaki z 1000, vejo minha irmã jogar as chaves para mim.

-Poxa irmãozinho, lembrei agora que a mamãe está viajando- Escuto o deboche em sua voz enquanto ela fala.

-Você è uma babaca-Dou um sorriso bobo ainda olhando a moto.

-Uma babaca gostosa- Ela pisca para mim e sobe na moto dela colocando o capacete.

-Vamos relembrar os nossos tempos antigos maninha?

A estrada à minha frente parecia infinita, um convite para acelerar até o limite. O ronco do motor da minha Kawasaki Z1000 preenchia o ar, vibrando na ponta estava dos meus dedos. Ao meu lado, Abigail com aquele sorriso provocador que me dava nos nervos.

— Vai mesmo tentar hoje? — ela provocou, inclinando-se sobre a moto como se fosse parte dela.

Eu bufei, sem disfarçar o sorriso. Abigail sempre fora a melhor, mas desta vez seria diferente. Eu sentia isso.

— Cala boca imbecil. Vou vencer dessa vez — respondi, apertando o acelerador para provocá-la.

— É bom sonhar, irmãozinho — ela retrucou, acelerando de leve. — Pronto?

Antes que eu pudesse responder, ela arrancou. Típico.

— Trapaceira do caralho! — gritei, disparando logo atrás dela.

A adrenalina tomou conta de mim enquanto a persegui pela estrada sinuosa. Abigail era rápida, cada movimento preciso, como se tivesse nascido para isso. Ela me ultrapassava nas curvas, mas eu compensava nos trechos retos, pressionando a moto até o limite.

"Foco, Riat", pensei, inclinando-me mais na curva seguinte.

A estrada começou a abrir, revelando a mansão de nossos pais no topo da colina. O calor da competição subia ao mesmo tempo que a inclinação da pista. Abigail ainda liderava, mas não por muito tempo.

Ela lançou um olhar para trás, os cabelos voando enquanto gritava:

— Vai ficar aí atrás pra sempre?

Aquilo me deu o impulso que eu precisava. Apertei o acelerador com toda força, sentindo o motor rugir debaixo de mim. A moto disparou, e eu ultrapassei Abigail em um trecho reto.

— O quê?! — ouvi sua voz incrédula, abafada pelo barulho do vento.

Sorri. Era minha vez.

Mas, como sempre, ela não desistiu. Na curva seguinte, Abigail tentou me ultrapassar de novo, forçando a moto como nunca. Quase acreditei que ela conseguiria, mas algo dentro de mim sabia: desta vez, eu não iria ceder.

Me concentrei, ajustei a trajetória e mantive a aceleração. Cada metro parecia eterno, o som do motor dela cada vez mais próximo. Quando vi os portões da mansão se aproximando, meu coração parecia um tambor dentro do peito.

Num último esforço, inclinei-me sobre a moto e acelerei o máximo que podia. Abigail ficou para trás, apenas alguns metros, mas o suficiente. Cruzei a entrada primeiro e freei bruscamente, sentindo a vitória me inundar.

— Não acredito — ela disse, parando ao meu lado. A respiração dela estava pesada, o rosto coberto por uma expressão de pura descrença.

Tirei o capacete devagar, deixando o ar fresco tocar meu rosto.

— Acredita agora? — perguntei, o sorriso de vitória estampado no rosto.

Abigail desceu da moto, cruzando os braços enquanto me olhava de cima a baixo.

— Foi sorte, só isso — murmurou, mas havia um brilho nos olhos dela, algo entre orgulho e diversão.

— Chama do que quiser — retruquei, pendurando o capacete no guidão. — O importante é que você perdeu.

Ela revirou os olhos, mas logo deu um empurrão leve no meu ombro.

— Não se acostume, maninho. Na próxima, você volta para o seu lugar.

Eu ri, caminhando ao lado dela em direção à mansão. Pela primeira vez, eu era o vencedor. E, mesmo que fosse por um instante, aquele gosto era bom demais.

Mas uma coisa era certa: Abigail não iria facilitar na próxima corrida. E, sinceramente, eu não esperava nada menos dela.

♡Continua♡

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