9

0 0 0
                                    

Samira sentiu o terror tomar conta de seu corpo quando o viking avançou em sua direção, seus olhos fixos nela como se fosse uma presa fácil

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Samira sentiu o terror tomar conta de seu corpo quando o viking avançou em sua direção, seus olhos fixos nela como se fosse uma presa fácil. Ele se aproximou sem pressa, com um sorriso perverso nos lábios, e suas mãos começaram a roçar o corpo dela, deslizando pelas suas roupas, tocando-a de maneira indesejada. Cada movimento dele era como uma tortura para ela, e o desespero tomava conta de sua mente. O coração batia descompassado, e a única coisa que ela conseguia pensar era em escapar, mas as forças pareciam fugir dela a cada segundo.

— Você tem uma aparência tão boa... — Ele disse, a voz cheia de satisfação enquanto seus dedos percorriam sua pele, explorando-a. Samira tentava se afastar, mas suas mãos a seguravam com força, e ela mal conseguia se mover.

Ela queria gritar, queria se libertar daquela situação, mas a única coisa que saía era um choro abafado, sua garganta apertada pela angústia. Ela olhou para ele com ódio e medo, sentindo-se cada vez mais impotente.

Quando ele finalmente se aproximou para beijá-la à força, algo dentro dela estourou. A raiva e o pavor se misturaram em uma explosão de adrenalina. Com um movimento desesperado, Samira empurrou o viking para longe, aproveitando a fraqueza momentânea dele, e correu o mais rápido que pôde para fora do quarto.

Seus pés mal tocavam o chão enquanto ela se afastava, as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto, seu corpo tremendo de medo e raiva. A porta atrás de si bateu, e ela correu pelos corredores escuros do navio, sem saber para onde estava indo, mas com uma única ideia em mente: escapar.

Ela encontrou um quarto vazio e se atirou para dentro, trancando-se lá. O silêncio tomou conta de seu corpo, mas o eco dos gritos furiosos do viking ainda podia ser ouvido do lado de fora. O som dos passos pesados se aproximando do quarto fez o coração de Samira disparar. Ela mal conseguia respirar, sentindo o pânico tomando conta de seu corpo. Seus olhos estavam lacrimejados, a dor e o medo estavam quase a sufocando, mas ela continuou correndo, correndo como se sua vida dependesse disso — e, de fato, dependia.

Ao entrar no quarto vazio, ela fechou a porta com um baque pesado, tentando se esconder, tentando se distanciar de tudo aquilo, de tudo o que estava acontecendo. Ela estava paralisada de medo, sem saber o que fazer, sua mente em completo caos. O som das vozes lá fora, dos xingamentos e risadas obscenas dos vikings, parecia ecoar como um grito em sua mente.

Mas então, ao olhar para o interior do quarto, ela congelou. Diante dela, deitado em uma cama, estava Thorfinn. Ele estava ali, calado, observando-a com um olhar distante, mas frio. Samira não conseguia compreender. Ela sentiu o medo aumentar, como se um monstro estivesse prestes a saltar sobre ela. Seu corpo se enrijeceu, e ela ficou sem ação, paralisada diante dele. O viking que a havia atacado estava ainda lá fora, furioso e ameaçador.

Thorfinn, sem dizer uma palavra, fez um gesto sutil com a cabeça, apontando para um baú que estava encostado ao lado da cama. Samira olhou para o baú, confusa, sem saber o que ele queria. Mas a ideia, ainda que aterrorizante, foi o suficiente para fazer sua mente se mover novamente. Ela não tinha mais escolha. Sem dizer nada, ela se aproximou do baú e o abriu, respirando com dificuldade, tentando se acalmar.

Com as mãos trêmulas, ela se encolheu dentro do baú, fechando a tampa o mais silenciosamente possível. No entanto, seu corpo ainda estava tenso, seus olhos ainda saltando para a porta, esperando o pior. Ela podia ouvir o barulho dos pés pesados do viking se aproximando, as palavras que ele falava, os insultos. Ele estava tão próximo.

A porta se abriu abruptamente, e Samira prendeu a respiração. Ela ouviu a voz rouca e irritada do viking que a perseguira:

— Onde está a garota? — Ele perguntou, procurando em cada canto do quarto.

Samira podia sentir seu estômago revirar, e seu corpo estava em pânico, mas se manteve silenciosa. Thorfinn não parecia se importar. Ele estava ali, deitado na cama, com um olhar entediado, quase zombando da situação. O viking se aproximou dele, com passos pesados, perguntando sobre ela novamente.

Thorfinn apenas olhou para ele e, com um tom sarcástico, respondeu:

— Não tenho ideia, velho. Se ela estivesse aqui, eu teria dado um jeito em tudo já, né? Não parece ser do meu tipo, sabe? —

O viking bufou, claramente irritado com a resposta de Thorfinn. Ele olhou para o quarto mais uma vez, ainda desconfiado, mas não disse mais nada, e finalmente saiu, fechando a porta com um estrondo.

Samira, agora, podia ouvir o som dos passos do viking se afastando, mas não ousava sair do baú imediatamente. Ela permaneceu ali, suando, tremendo, esperando que a ameaça tivesse passado. Seu coração batia forte, mas a sensação de alívio não durou muito. Ela ainda não sabia o que aconteceria com ela, ou por que Thorfinn havia a ajudado.

Ela ficou ali, dentro do baú, esperando que o tempo passasse mais rápido, que a noite acabasse. Ela não queria ver ninguém, não queria que ninguém a visse. Tudo o que ela queria era que aquele pesadelo acabasse de uma vez por todas.

Mas dentro de si, algo havia mudado. A raiva ainda estava ali, mas, junto a ela, uma pequena dúvida começou a crescer.
"Thorfinn... o que ele queria com ela? O que ele estava pensando?"

Mot. (Thorfinnxleitora)Where stories live. Discover now