• Juntos.

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O anel ainda brilhava no dedo de Anne, e ela não conseguia parar de olhar para ele, como se fosse um lembrete da nova etapa que acabara de começar na vida deles. Gabriel, com o sorriso mais sincero que ela já tinha visto, segurava sua mão enquanto caminhavam de volta para o carro. A cidade de Madrid parecia mais brilhante, mais viva, como se estivesse celebrando aquele momento com eles.

O clima entre os dois estava mais leve, como se todas as incertezas e tensões tivessem sido dissipadas, substituídas por uma sensação de tranquilidade que só o compromisso verdadeiro pode proporcionar. Eles haviam dado o passo que todos os dois sabiam que era inevitável, mas que ainda assim tinha um sabor de novidade.

Anne olhou para Gabriel com um sorriso largo e, mesmo depois de tudo o que já haviam vivido juntos, ela sentia borboletas no estômago, como se fosse a primeira vez que se apaixonava. Ela sabia que ele era o homem com quem queria passar o resto da vida, não por um impulso, mas por uma certeza que crescia dentro dela todos os dias.

— Eu ainda não acredito que você me pediu em casamento — Anne comentou, rindo baixinho, sua voz carregada de felicidade. — Achei que a gente ia viver no nosso ritmo para sempre. Mas agora estamos noivos!

Gabriel sorriu, divertido, mas com um brilho nos olhos.

— O ritmo sempre foi o nosso, Anne. Só que esse foi o momento certo. Eu sabia que você seria a minha futura esposa desde o momento em que a conheci. Não tinha como escapar disso. Você me encontrou, me desarmou, me fez querer ser melhor... E agora, é a sua vez de me aturar para sempre.

Anne riu, dando um leve empurrão nele.

— Ai, Deus. Isso é tão... eu não sei, tão perfeito! — Ela passou os dedos pelo anel novamente, sentindo a frieza da joia contra a pele, e uma onda de calor se espalhou pelo seu corpo. — Eu te amo, Gabriel. Mais do que consigo colocar em palavras.

— Eu te amo mais, você sabe disso. — Ele deu um sorriso suave, mas não disse mais nada, porque as palavras, para ambos, pareciam desnecessárias naquele momento.

Quando chegaram ao carro, Gabriel abriu a porta para ela, como sempre fazia, e depois entrou no banco do motorista. Durante o trajeto, a conversa foi leve, descontraída, como se ainda estivessem absorvendo a grande mudança que acabara de acontecer. O trânsito de Madrid parecia não incomodar, e a noite estava começando a cair, pintando o céu com tons de roxo e laranja.

— Então... — Gabriel disse, de repente, interrompendo o silêncio confortável. — Já pensou em onde vamos passar a nossa lua de mel?

Anne olhou para ele, surpresa pela mudança no tom de voz dele, mas também pela naturalidade com que ele estava falando sobre o futuro.

— Lua de mel? Uau, você está mesmo planejando tudo, hein? — Ela deu uma risada leve. — Eu não sei, ainda estou processando o pedido. Eu pensei que ainda teríamos que lidar com algumas coisas antes de chegarmos nesse ponto.

Gabriel deu uma olhada para ela, com um sorriso travesso.

— E eu achei que, já estando noivos, você começaria a pensar na nossa casa, em como vamos organizar tudo, em como vai ser nossa vida daqui para frente — ele disse, com uma expressão esperta. — Eu estou mais que pronto para viver tudo isso com você, Anne. Então, que tal começarmos a planejar?

Anne sorriu, um sorriso genuíno, sem pressa, sem nenhum tipo de pressão. Ela sentiu uma paz imensa dentro de si ao imaginar o futuro ao lado de Gabriel.

— Eu também estou pronta. Mais do que pronta. Vamos planejar tudo do nosso jeito. Afinal, estamos fazendo tudo diferente, por que não fazer o nosso futuro também de uma maneira única?

Sin límites - Gabriel GuevaraOnde histórias criam vida. Descubra agora