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O apartamento estava cheio de uma luz suave, com as janelas abertas deixando entrar uma brisa fresca da noite de Madri. S/N estava no quarto, em frente ao espelho grande do armário, tentando escolher o par de brincos perfeito para combinar com o vestido elegante que havia escolhido. Era um jantar importante, com patrocinadores da equipe, e ela sabia que precisava estar impecável. Enquanto ajustava os brincos e se certificava de que a maquiagem estava perfeita, Carlos entrou no quarto, sem camisa, usando apenas uma calça de moletom, o cabelo ainda bagunçado como se tivesse saído do banho minutos antes.
Ele se encostou no batente da porta, os braços cruzados, observando-a com um sorriso preguiçoso. — Você tem certeza de que precisa mesmo ir a esse jantar? — perguntou, a voz carregada de uma preguiça sedutora.
S/N olhou para ele pelo espelho e revirou os olhos com um sorriso divertido. — Sim, Carlos. É importante. E você também precisa estar pronto logo, ou vamos nos atrasar.
Carlos deu alguns passos para dentro do quarto, um brilho travesso nos olhos. — Mas é que a gente podia ter uma noite bem mais divertida só nós dois aqui. — Ele chegou por trás dela, envolveu sua cintura com os braços e apoiou o queixo em seu ombro. — Pense só: pizza, um filme ruim, talvez uma garrafa de vinho...
S/N riu, sentindo o toque dele arrepiar sua pele. — Tenta de novo, Sainz. Isso não vai funcionar. — Ela se virou de frente para ele, ainda sorrindo. — Você sabe que precisamos ir.
Ele fez uma careta fingida, apertando-a mais contra si. — Eu sei, mas... — Carlos inclinou a cabeça, os lábios a centímetros dos dela. — É tão difícil me comportar quando você está tão bonita assim. — Os dedos dele começaram a traçar círculos leves na parte de baixo das costas dela, e S/N sentiu o calor subir por seu corpo.
Ela empurrou o peito dele de leve, tentando se concentrar. — Carlos, pare com isso! Eu preciso terminar de me arrumar!
Ele deu um sorriso que era pura provocação. — Ou você pode desistir e ficar aqui comigo. — Antes que ela pudesse responder, ele começou a distribuir beijos lentos pelo pescoço dela, provocando-a de forma deliberada. — Vamos, eu sei que você também prefere ficar...
S/N deixou escapar um suspiro involuntário, e seus dedos quase soltaram o brinco que ainda segurava. — Carlos! — Ela riu, se afastando e dando um passo para trás. — Você está realmente tentando me fazer desistir, não é?
Ele colocou uma mão no peito, fingindo estar ofendido. — Eu? Tentando atrapalhar? Jamais. — Mas o sorriso que ele deu mostrava o contrário.
Ela balançou a cabeça, tentando manter a determinação. — Você é impossível. Vá se vestir. Eu vou terminar de me arrumar e... — Mas antes que pudesse terminar a frase, Carlos a puxou de volta para ele, segurando-a pela cintura.
— Só mais um minuto, prometo — ele murmurou, e dessa vez o sorriso dele se suavizou, os olhos se tornando mais intensos. Ele a olhou como se quisesse memorizar cada detalhe do rosto dela, e S/N sentiu o coração bater mais rápido. — Eu só queria aproveitar você um pouco antes de te dividir com todo mundo lá fora.
Ela não conseguiu evitar o sorriso que se espalhou por seu rosto. O toque dele era quente, e o carinho nos olhos de Carlos era quase suficiente para fazê-la ceder. Ela colocou as mãos no rosto dele, os dedos roçando a linha do maxilar forte. — Você sabe que eu também preferiria ficar aqui, mas... é importante para você.
Ele suspirou, mas não soltou seu aperto. — Eu sei. — Ele inclinou-se e deu um beijo suave nos lábios dela, um beijo que fez a cabeça dela girar um pouco. — Mas você me deixa sem jeito, sabia?
— Sem jeito? — ela perguntou, a voz saindo em um riso suave.
Carlos assentiu, sem desviar os olhos. — Sim, porque você fica linda de qualquer jeito, mas quando se arruma assim, fica quase impossível te deixar ir.
S/N sentiu o rosto esquentar, e seu sorriso ficou mais tímido. — Você sabe exatamente o que dizer para me desconcentrar, não sabe?
Ele deu uma risada baixa. — É um talento especial meu. — Carlos finalmente a soltou, mas segurou a mão dela por um momento a mais. — Tudo bem, tudo bem. Vou me vestir. Mas só porque você pediu com tanta doçura.
Ela riu e o empurrou em direção ao closet. — Vai logo, ou eu realmente vou me atrasar.
Carlos se afastou, ainda sorrindo, mas a olhou por cima do ombro enquanto caminhava até o closet. — Só estou indo porque não quero que nenhum dos patrocinadores fique com ciúmes de mim por monopolizar a mulher mais bonita do evento.
S/N riu, o som ecoando pelo quarto, e voltou a se olhar no espelho, ajeitando os últimos detalhes de seu visual. Mas o coração dela ainda batia acelerado, e uma parte dela sabia que, mesmo que fosse um jantar importante, não havia lugar onde preferisse estar do que nos braços daquele piloto espanhol teimoso que a fazia sentir tão especial.
