Sin límites - Gabriel Guevara

• Fim

Os anos passaram, mas a vida de Anne e Gabriel parecia ter se tornado ainda mais preciosa à medida que o tempo se desenrolava. A lua de mel nas Maldivas, onde tiveram momentos intensos e inesquecíveis, foi o marco de um novo começo para ambos. E com ela, uma surpresa que mudaria suas vidas para sempre: Anne descobriu que estava grávida.

O período de gravidez foi uma jornada de emoções, medos e muito amor. Gabriel, embora sempre fosse o homem decidido, mostrou um lado que Anne nunca tinha visto antes: ele se tornou completamente protetor, cuidando dela com a delicadeza de alguém que havia se apaixonado de novo, desta vez pela sua futura filha. Eles passaram por consultas juntos, ouviram o coraçãozinho de Aila pela primeira vez, e sentiram, em cada movimento dela, que estavam prestes a começar uma nova etapa.

Quando Aila nasceu, em uma manhã de outono suave, a sala de parto estava envolta por uma paz inexplicável. Gabriel, segurando a mão de Anne com força, observou a filha pela primeira vez, sentindo o peso de ser pai, mas também a felicidade indescritível de ter sua família completada. Anne, cansada, mas com o coração transbordando de amor, pegou Aila em seus braços e, com lágrimas nos olhos, soube naquele momento que tudo que haviam vivido até ali havia valido a pena.

Nos meses seguintes, a rotina de cuidados com a bebê foi um mix de noites sem dormir, risadas, e o toque constante da vida se renovando em sua forma mais pura. Gabriel fazia questão de estar presente em cada pequeno detalhe, desde as primeiras palavras de Aila até os primeiros passos trêmulos. Ele a ensinava a andar com paciência, sempre com a mesma paixão que dedicava ao seu trabalho, mas agora seu foco era outro: sua filha.

Anne, por sua vez, voltou ao estúdio de tatuagem, mas com uma nova perspectiva. A maternidade transformou seu olhar sobre o mundo, e suas tatuagens começaram a refletir a profundidade dessa mudança, com traços mais suaves e significados mais profundos. Ela e Gabriel mantiveram o equilíbrio perfeito entre a vida profissional e o carinho familiar, nunca se deixando consumir por uma coisa ou outra, sempre com Aila como o centro de tudo.

Aila cresceu rápida, com dois anos, já dava sinais de sua personalidade encantadora. Era sorridente e curiosa, com olhos brilhantes e um riso que parecia contagiar qualquer um ao seu redor. Suas primeiras palavras foram uma mistura de português e espanhol, uma herança de seus pais que se preocupavam em manter a conexão com suas raízes culturais. Ela adorava brincar com seus brinquedos, fazer travessuras pela casa, e estava sempre acompanhada por Gabriel ou Anne, que se revezavam para mantê-la cercada de amor.

O lar de Anne e Gabriel, uma casa agora repleta de memórias, brinquedos e risadas, era um reflexo de tudo o que haviam construído juntos. Não apenas como casal, mas como uma verdadeira família. De mãos dadas, com os olhos cheios de esperança, eles sabiam que o futuro seria brilhante – Aila era a prova viva de que o amor deles havia criado algo eterno, algo mais forte que qualquer obstáculo que pudessem ter enfrentado.

E, assim, a vida continuava a ser escrita, agora com três corações batendo no mesmo ritmo, prontos para as próximas aventuras, com a certeza de que o amor deles jamais se acabaria.