Tibet

cry baby cry

Kaveh e Haitham estão casados a 5 anos, com mais 10 anos de relacionamento antes do casamento, e Kaveh nunca perguntou se seu marido quer filhos, o arquiteto sonha em construir uma família a anos, adotar uma ou duas crianças, mas ele nunca perguntou se Haitham quer o mesmo, ele teme que o escriba não pense da mesma forma que ele e sequer tenha pensado sobre ter filhos, E Kaveh acha que esse é o momento perfeito, para ao menos começar o longo processo de adoção, Haitham acabou de conseguir uma enorme promoção no trabalho, agora sendo o Grande Sábio da akademya de Sumero, e Kaveh estava com muitos projetos grandes e sua dívida quitada.

Ele não imagina que consiga esperar muito mais quando agora parece ser um momento tão perfeito para receber um novo membro na família, então hoje ele está determinado a resolver essa questão, e se Haitham não quiser, ele honestamente não sabe o que vai fazer, ele não tem a intenção de se separar de Haitham, ou de força-lo a criar uma criança que ele não quer, mas ele realmente quer um filho.

Haitham está lendo um livro na cama, enquanto Kaveh começa a fazer sua pequena rotina de cuidados com a pele no banheiro da suite, é um momento calmo e doméstico, eles já tocaram esse disco diversas vezes.

"Haitham você já pensou em ter filhos?"

"Nunca parei para pensar sobre isso." Ele responde sem tirar os olhos do livro. Kaveh suspira, ele esperava essa resposta, Haitham era um homem simples, que queria viver uma vida sem muito estresse, Kaveh às vezes se pega rindo do fato dele nunca sair um minuto sequer mais tarde do trabalho, ou de como ele reclamou da promoção por ser mais trabalhoso do que seu cargo anterior.

"Você não acha que agora seria o momento perfeito para, talvez, adotar uma criança?" Haitham não responde, provavelmente pensando na ideia de Kaveh e começando a fazer os prós e contras, "tem um quarto inutilizado e estamos muito bem financeiramente..."

"Você acha que seremos bons pais?" Haitham pergunta enquanto deixa o livro aberto virado para baixo na mesa de cabeceira, agora ele está completamente focado na conversa, Kaveh sabe que essa é uma pergunta que é mais uma leve insegurança de Haitham do que uma dúvida de que Kaveh será um bom pai. Quando eles precisam cuidar de Collei nos dias em que Cyno e Tignari estão ocupados, Haitham sempre elogia como Kaveh cuida da filha de seus amigos, mas não interage muito com ela. Kaveh sempre assumiu que ele não gosta muito de crianças.

"Eu tenho certeza Haitham. Se eu não tivesse certeza disso nem estaria sugerindo ter filhos agora." Kaveh revira os olhos como se fosse a pergunta mais estúpida que Haitham já o fez, e provavelmente é, "venho pensando nisso a anos mas nunca pareceu o momento certo."

"Bom, suponho que nada possa tirar essa ideia da sua cabeça, eu confio em você quanto às nossas habilidades com crianças, e atualmente gastos com produtos infantis não irão fazer muita diferença nos nossos gastos..." Haitham parecia estar listando os prós e contras que ele havia pensando antes, Kaveh riu um pouco enquanto ia para a cama, "acho que devemos começar o processo de adoção logo, ouvi dizer que pode demorar anos"

Quando Haitham diz isso o mundo de Kaveh parece um pouco mais vibrante que antes, uma onda de alívio passa por ele, não precisando mais dos papeis de divórcio ele sente que vai começar a chorar de felicidade. "Eu te amo, muito" Kaveh diz se deitando.

"Eu também te amo." Haitham responde abraçando Kaveh. Antes de caírem em um sono fácil e tranquilo.

Na mesma semana Haitham tira um dia de folga para irem fazer seus cadastros como adotantes, é um processo chato mas a assistente social, Dehya, uma amiga de Haitham, facilita muito o processo, eles ainda tem alguns meses de consultas, aulas e inspeções antes de realmente entrarem pra fila de adoção, mas Dehya os tranquilizou falando que depois disso fica muito mais rápido, principalmente porque eles não tiveram nenhuma preferência quanto a crianças.