Eu sempre fui uma pessoa crédula.
Acredito, por exemplo, que beber depois de um dia ruim é a solução de todos os problemas.
Acredito que dias ensolarados são melhores do que os dias nublados e que a chuva é um castigo assustador projetado por Deus...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Três anos depois.
Reprimo um bocejo, sentindo meus pés doendo depois do dia inteiro trabalhando.
Eu sei que eu deveria pegar mais leve agora, porém, como eu poderia, se o meu primeiro desfile está tão perto?
Como eu vou relaxar se vai ser a primeira vez que uma roupa feita por mim será exibida em um evento desse porte?
Quero dizer, ano passado algumas peças minhas tiveram esse tipo de alcance. Modelos desfilaram com elas e posaram em revistas importantes.
Mas desde que saí da King's vestuário por desejar ter a minha própria marca, desde que agradeci inúmeras vezes à Yuna pela oportunidade e aluguei um espaço para mim, começando do zero com uma única funcionária, tudo mudou.
Não vou fingir modéstia e dizer que as coisas foram absurdamente difíceis.
Havia, sim, dias onde eu chorava cansada e meus dedos doíam de tanto que eu segurava um lápis. Houve outros onde eu considerava todo meu trabalho ruim e acreditava que nunca seria boa o bastante, nesses eu me arrependia de ter saído da King's. E teve aqueles onde tudo parecia estar dando errado.
Mas, mesmo assim, o meu nome rapidamente se espalhou. Não como esposa da presidente de um conglomerado, mas como a estilista que escolheu começar do zero.
A marca foi ganhando nome e até minha mãe veio passar alguns meses aqui, me ajudando na parte da costura e dos tecidos, uma vez que sempre foi boa nisso.
Quando veio, ela não quis ficar na nossa casa, mesmo que houvesse quartos o bastante para pelo menos três famílias. Porém, ela ainda assim gostou desse período aqui.
Só não o bastante para abandonar a Coreia.
Pego o celular, encostada contra a porta do lado de fora. Visualizo a mensagem da irmã de Lisa me passando o fornecedor que pedi e a de Suho avisando que o celular da minha esposa descarregou, mas que ela já está vindo.
Respondo as duas de forma agradecida e entro no Instagram, rolando o feed por algumas publicações. Curto a recente foto de Jimin e embora não sejamos próximos, o clima entre os irmãos Manobans já não é mais tão tenso.
