Sweet fantasy | hyunlix

20. Nosso lance

Hyunjin mal se lembrava de ter entrado pelo portão do colégio quando Felix o cumprimentou com um sorriso enorme no rosto, agarrando em seu braço e falando tantas coisas emboladas que mais pareciam estar em outra língua ininteligível. O loiro o arrastou pelos corredores com um sorriso que tremeu o corpo de Hyunjin, o fazendo arregalar os olhos quando pararam abruptamente entre os armários.

— Estive com tanta saudade sua, Hyun...

Hyunjin paralisou quando as mãos menores subiram por seu peito, não muito antes de Felix agarrar os fios loiros de sua nuca e enterrar seu rosto no pescoço do Hwang. Ele alisou a pele, beijou, pouco preocupado com o restante dos alunos que passavam mortificados.

— F-Felix... caralho... — o empurrou de surpresa, seus neurônios derreteram quando sentiu a língua atrevida descer a curvatura de seu pescoço. O maior o puxou pela nuca para olhar em seus olhos, mas tudo que recebeu foi um gemido manhoso e seus olhos pedintes e brilhantes. — O que diabos foi isso?

— Acho que deveríamos apimentar um pouquinho nosso jogo. — mordeu seu indicador enquanto olhava para o rosto empalidecido do maior. — Não seja tão mal, Jinnie. Veja, não há ninguém aqui. — Hyunjin finalmente tirou seus olhos do loirinho, agora observando o corredor totalmente vazio quando jurou estar cheio.

— Mas que porra...?

Mal pôde responder quando Felix se colocou na ponta dos pés e capturou seus lábios em um beijo desesperado. Ele tentou se esfregar de todas as formas possíveis, soltando outro gemido choroso quando Hyunjin o empurrou pelos ombros quando sentiu a fricção atrevida de seu quadril.

O Lee, no entanto, não se deu por vencido, se aproximando de novo. Seus dedos caminharam por sua nuca, fazendo um carinho apaziguador enquanto observava os olhos tontos e oscilantes de Hyunjin. Ele esperou sua respiração tornar-se suave, dedilhou seu peito, tudo em silêncio. Seus olhos tinham um brilho totalmente diferente do usual, e, embora sua respiração parecesse suave, seus lábios brilhavam em desejo, sua língua molhava-os constantemente como se estivessem à espreita para qualquer deslize.

Se passaram um, dois, quem sabe quatro minutos naquele silêncio pesado. Felix o olhou nos olhos uma outra vez, antes de se aproximar lentamente, como se pedisse permissão. Seus lábios agora se tocaram com carinho e cuidado nos de Hyunjin, que não notou quando aquilo tomou conta de si para que o fizesse fechar os olhos.

A mão de Felix deslizou pela braguilha de Hyunjin, antes desse agarrar seu pulso e o paralisar no lugar. O maior resmungou contra os lábios do loirinho e ignorou tudo quando sentiu sua língua tocar contra a semelhante. O beijo se aprofundou, causando sensações estonteantes que Hyunjin nunca sequer cogitou — talvez em uma gaveta trancada no fundo de seus pensamentos. Ele soltou um lamúrio desconexo enquanto Felix se inclinava mais e mais, a mão de Hyunjin tomando conta de seu rosto enquanto perdia a paciência e tomava aquele beijo mais rápido.

— Hyunjin. — ouviu chamarem, mas há muito já havia esquecido o que faziam em um corredor do colégio.

Era a própria bolha deles, um mundo inalcançável, de fato. Não se importam com a obscenidade contra os armários, ou em como se esfregavam em busca de alívio sem sequer cogitarem em abrir os olhos. Os sons inapropriados ecoavam pelo lugar, e parecia que só aquilo importava.

Dito isso, o beijou de formas inimagináveis. Lambeu, chupou, sugou. Em sua mente nublada, ele tentava formular alguma desculpa para o resquício de sua sanidade que o faria remoer tudo aquilo e culpar a si mesmo. A imagem de Choi Yeonjun, Song Mingi e Lee Juyeon passaram em sua mente como um flash. Isso, era por isso que estava beijando Lee Felix. O jogo.

Era o que ele queria acreditar.

A mão esperta do Lee ajeitou-se outra vez para que abrisse o zíper de Hyunjin, este que em algum momento se perdeu em resmungos quando tinha-se um Felix manhoso se esfregando contra seu corpo. De repente, tudo parecia tornar-se lento. Desesperado, Hyunjin engolia em seco com a demora que Felix encontrou em apenas desfazer a merda do botão de seu jeans. Seus olhos estavam vidrados na derme clara e apetitosa em sua frente e, quando finalmente sentiu a mão de Felix contra seu pau, ele parou.