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—Ainda diz que não gosta dele? - Minha mãe disse exclamou enquanto andamos até o carro.

—O que? - Me senti confusa.

—Cat, filha. Você o olha com uns olhos, olhar de inocência! Olhar de boba, apaixonada. E ele, é pior? Ele te olha como se você fosse o porto seguro dele. Ele estava todo marrento, e quando viu você, desmanchou em um sorriso. - Ela falou.
E com essas palavras, eu fui embora calada.

Eu fui para casa do Johnny, ajudar com Miguel. E assim que entrei, vi uma revista de mulheres seminuas pendurada.

—Fala sério, é com isso que você vai incentivar ele? - Falei.

—Isso já não deu certo. Agora é um método mais eficaz. - Quando percebi, Johnny havia colocado fogo no cardaço do tênis de Miguel.

—Eu convivo com loucos. - Falei.
Johnny percebeu que aquilo não iria funcionar, então bufou e apagou o fogo.

Ao anoitecer, nós fomos a um show.

—Volte quando eles forem maiores de idade. - O Segurança disse.

—Isso se der tempo. Ele está na beira da morte, com uma doença terminal. Ele tem uma lista de desejos, e o primeiro deles, é passar por essa porta. - Como o segurança acreditou nisso que o Johnny disse?

Mas, entramos.

O show estava ótimo! Tiramod uma foto, e quando percebemos, Miguel estava conseguindo mexer o pé! Foi uma alegria e tanto para todos nós!

Quando cheguei em casa, eu tomei um banho e cai na cama.

Fechei meus olhos, e ele apareceu para mim.
Por que? Por que eu não consigo esquecer dele? Por que é tão difícil aceitar que ele quase matou meu melhor amigo.
Eu não penso assim em ninguém. Ele é a única exceção.
Por que é tão difícil esquecer aqueles lindos olhos claros? Aquele cabelo penteado para trás, o sorrisinho de canto, que me irrita! Quando ele luta, quando ele tentava dar uma de bom moço, ele é uma perdição. Quando eu vi ele, hoje, eu...Fiquei meio paralisada.
De repente, todo o discurso que eu planejei, todas as palavras sumiram da minha mente.

Se nós realmente nos olhamos como minha mãe disse, é impossível não sentirmos nada um pelo outro.

Mas, se eu "gosto" dele, seria recíproco? Todos meus amigos não iriam apoiar, nem mesmo eu.
Mas aquele garoto, ele me faz perder a cabeça.
Ele me irrita, me faz sorrir, eu me vejo nele. Aqueles probleminhas familiares, até mesmo lutar para conseguir conter a raiva.

Eu só posso estar alucinando, acordada. Esse silêncio está me matando, estou pensando bobagens.
Logo eu, que nunca mais pensei em me apaixonar. Isso não precisava mudar!

Eu precido dormir, esses pensamentos, eles só podem ser o sono me dominando! Droga do amor.

Bem, uma boa noite, e que vocês não se apaixonem por quem não possa. Não tente viver um amor proíbido. Por favor.
Não sejam tontos, não queiram o garoto que está basicamente preso. Não desejem o garoto que vocês odiavam há certos dias atrás.
Não se apaixonem.

O amor é como uma droga.
No começo vai ser bom. Mas, aquilo vai te desgastar e acabar com sua vida.
Você cresce, achando tudo demais para você. Medos, traumas.
Sem se apaixonar, você vive melhor.

𝐃𝐚𝐝𝐝𝐲 𝐈𝐬𝐬𝐮𝐞𝐬 • Robby KeeneOnde histórias criam vida. Descubra agora