Que Deus me ajude!

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Laura:
Saulo e a mãe estão indo para minha casa, preciso de você!!!

Adriana visualiza no mesmo instante e agradeço por ela ser viciada no aparelho.

Adriana:
Como assim?

Laura:
Ela me encurralou hoje no refeitório e agora estamos no carro dele indo para minha casa.

Adriana:
Ele descobriu?

Laura:
Não, acho que não. Ela só queria conhecer Helena, faz um tempo já.
O que eu faço?
Preciso de você!

Adriana:
Não surta tá bom? Não estou na cidade, mas vou encerrar tudo por aqui e em duas horas no máximo estarei em casa.

Laura:
Ok, vou tentar não surtar e tenha cuidado na estrada, por favor!

- É claro esposa não vou deixar viúva nova. Elas são as mais fogosas, não vou levar chifre depois de morta!

- Ha ha ha, palhaça!
Jesus, como fui me meter nisso?

Adriana:
Me fale você!

- Algum problema querida? - a voz de Olga me faz levantar os olhos do telefone e ver que me encara curiosa pelo retrovisor.

Com certeza eu estava fazendo uma careta.

- Oh, não, é Adriana que está enviando mensagens! - finjo um sorriso enquanto minto.

- É a amiga sua? - Olga questiona curiosa e Saulo bufa baixinho.

- Na verdade...

- Chegamos!  - sua voz zangada avisa me cortando.

Olho para ele. Saulo arqueia uma sobrancelha grossa para mim pelo retrovisor e posso ver o músculo do seu maxilar tensionar. Sinto um arrepio percorrer meu corpo.

Ele ainda parece zangado por nossa última conversa e não entendo qual é a dele, da última vez que verifiquei ele ainda era noivo, como pode parecer chateado por saber que eu e Adriana sejamos um casal se ele era comprometido, mesmo que não houvesse uma data para ele casar e esse noivado já durasse quase três anos!

Ele não tem direito de ficar com raiva, eu tenho, já que ele é o comprometido e quem fica flertando.

Eu gozei dentro de você várias e várias vezes!

Merda, eu não deveria ficar excitada só em lembrar como a voz rouca falou essas palavras. Ou em como me lembro do timbre rouco de sua voz quando gozou dentro de mim. Me apresso a descer do carro e caminhamos juntos até o elevador.

Enquanto subimos pelo elevador uma apreensão surgiu em mim ao pensar em como minha casa ficou hoje de manhã. Hoje não era um dos dias da faxina de Carmem então deve estar bagunçada. Mesmo que Carmem faça a faxina eu sempre deixo organizada para que não se esforce demais, mas hoje foi um daqueles dias em que nada estava indo bem. Helena acordou agitada, queria brincar em todo o tempo e enquanto eu tentava me arrumar choros e gritos soavam pela casa, então desisti de tentar organizar e dei atenção a ela.

Jesus, deve estar uma zona.

- Laura? - Olga me chama de forma gentil e a olho distraida.

- Hum?

- Você vem? - Olga e Saulo me olham curiosos e percebo que eles estão fora do elevador enquanto eu continuo dentro.

- Ah, sinto muito, acabei me distraindo. - falo sentindo meu rosto esquentar e saio apressada indo até minha porta.

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