RHOE
Where the north wind meets the sea
There is a river, full of memory
Come my darling, homeward bound
I am found
Show yourself, step into your power
Grow yourself, into something new
You're the one you've been waiting
for all of your life
Show yourselfAs palavras dela ricochetearam na minha mente como uma espada recém-forjada contra uma bigorna. "Sim, fomos nós."
O peso do que isso significava caiu sobre mim com a força de uma avalanche. Minha mão apertou a de Lyria quase de forma inconsciente, mas ela não reclamou. Talvez sentisse o mesmo que eu — raiva, incredulidade, talvez até um pingo de traição.
— Vocês nos trocaram — minha voz saiu mais grave do que eu esperava, uma sombra da tempestade que se formava dentro de mim — Vocês decidiram nossas vidas como se fossem peças em um tabuleiro.
Era o que aquela guerra era, não? Apenas um jogo de tabuleiro. O próprio Suriel já tinha me avisado que éramos as peças surpresas.
Os olhos de Mala permaneceram fixos nos meus. Não havia arrependimento ali, nem justificativas; apenas certeza.
— Não foi uma decisão fácil, Rhoe — ela disse, como se isso fosse amenizar a situação — Mas foi necessária.
— Necessária? — As sombras ao meu redor pulsaram como se quisessem escapar e envolver tudo.
— Espere e veja — foi a única resposta de Mala, mas eu não estava com paciência para isso, não podia esperar ...
Até que as imagens começaram a se formar novamente na face cristalina daquelas montanhas de gelo.
A primeira cena surgiu, envolta em sombras profundas. Um homem colossal, com olhos dourados como os de Manon e um sorriso cruel, se erguia sobre um trono de ossos. Orcus, eu o tinha visto na mente de Sam.
Ele segurava um mapa, marcando territórios com sangue. Soldados se ajoelhavam diante dele, Valgs com olhos vazios e bocas retorcidas em obediência. Sua voz era grave, uma ameaça que fazia o gelo vibrar.
– Eles mataram o meu irmão e a minha esposa. Aquela vadia cuspidora de fogo acha que venceu a guerra? — a risada dele ecoou por todo aquele mundo congelado, como se Orcus estivesse ali também, como se aquilo não fosse apenas algo do passado — Mas a guerra apenas começou: peguem o primogênito de Aelin Galathynius, façam com que ela sofra. A garota illyriana eu mesmo resolvo.
Ele ri da mesma maneira que Clare. Escutei Lyria comentar pelo laço.
Orcus ergueu uma adaga negra, a mesma que Sam tinha pressionado contra a garganta de Asterin.
E então a imaginem mudou.
Um grupo de seres distintos estava reunido em torno de uma grande mesa dourada. Um desses seres eu conseguia reconhecer como a deusa do fogo que estava na nossa frente.
Suas expressões eram sombrias, o medo evidente até mesmo em seus semblantes divinos.
– Se Orcus continuar, nós seremos destruídos. Ele é muito mais poderoso e muito mais ambicioso que Erawan jamais sonhou em ser — pelas histórias que li e figuras representativas, podia imaginar que aquele fosse Lumas, o senhor dos deuses.
— Aquela vadia que nos baniu pode lidar com isso sozinha — aquele definitivamente era Hellas e a maneira com que ele chamou Aelin de vadia fez o meu sangue ferver.
— Orcus tem do lado dele um macho que é a junção das linhagens de Mala, Mab e Mora, além do fato dos filhos de Aelin terem pedra de Wyrd no sangue — aquela só poderia ser Anneith, a deusa da sabedoria que observava Elide — E a garota de Prythian é extremamente poderosa. Não podemos contar com Aelin sem os poderes dela.
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DARK PARADISE; tog + acotar
FanfictionDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...