A Lei do mais Forte - A Família Real

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(1694 palavras)

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Uma carta foi enviada para a cidade-colônia de Everas, à familia do príncipe. Essa região ficava na fronteira do deserto de Si, nos limites quase inabitáveis dos Campos Nevados com com o reino de Madam.
Porém, protegida no subsolo contra as mudanças súbitas de temperatura, as impiedosas ventanias e onde as furiosas tempestades de vidro não a alcançariam, a cidade se desenvolveu tornando-se, uma de muitas, especializada na formação de trabalhadores.

Nos ciclos passados, a cidade exalava exuberância e riqueza, desde as periferias até a casa real; pobreza e fome eram palavras de livros antigos e bocas velhas. Contudo, tudo mudou quando Lehvau Sans Humbghuel, filho da quinta casa real Humbghuel, ascendeu ao trono, forçando a antiga e próspera cidade-colônia decair em um abismo sem volta.

A decisão do juiz ecoou por toda Madam e cinco dias depois, seu veredito chegou nas profundezas de Everas causando reboliço e ao chegar no quinto palacete, toda a casa real tremeu em fúria e pânico.

– Como eles ousam humilhar publicamente nossa família? – Rugiu, esmurrando a mesa. O barulho foi alto, mas era a raiva no impacto que estremecia a todos os presentes.

– Querido acalme-se... aquelas acusações... nosso bebê, o que faremos? – Falou uma mulher de coque arrumado e roupas espalhafatosas, beberricando um líquido azul em uma xícara que tremeluziu ao impacto raivoso de seu marido.

– Como poderia me acalmar? Tamanha humilhação? Ainda bem que não deixaram aquele bastardo voltar, senão eu mesmo o castigaria por ter sido tão estúpido – E lançou um vaso de vidro contra um empregado. – Limpe isso! – O empregado abaixou-se e coletou os cacos de vidro, por sorte não se feriu.

– Meu amor, não se preocupe com essas acusações, nossa família sempre teve os meios de resolver esses problemas. E pare de se referir ao nosso amado filho, de bastardo – Disse sua esposa acariciando seu rosto e lhe dando um suave beijo.

– Me desculpe minha querida, mas por causa dele estão enviando um missionário para nos investigar. Você conseguiria voltar a como era antes com o antigo regente?

– Acalme-se meu amor, nada vai nos acontecer, podemos até mandar alguém para interceptar nosso convidado e se acontecer dele conseguir chegar aqui, como dizem em Madam, tudo tem seu preço. – Ela beijou-o ternamente, como se selando sua cumplicidade.

– Meu amor! Eu não sei o que eu faria sem você! Deixarei esse missionário em suas mãos capazes. – Ele sorriu, apesar de tudo, era um sorriso verdadeiro, carregado de amor.

– Aproveitando, advinha o que consegui recentemente do mercado Cxin? Acho que vai te alegrar muitíssimo – disse mudando rapidamente de assunto.

– Deixe eu advinhar... conseguiu um número novo? – Falou empolgado ao espreguiçar-se em sua poltrona.

O fim dos meiosOnde histórias criam vida. Descubra agora