Cap 41

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As investigações sobre a morte de Bart Koch continuaram intensamente nas semanas seguintes. A polícia analisava câmeras de segurança, depoimentos e toda a movimentação na noite do evento. O caso tomou proporções gigantescas na mídia, com manchetes diárias especulando sobre o que poderia ter acontecido no terraço do edifício Koch.

Apesar disso, Emma se mantinha protegida pelo álibi cuidadosamente construído por Rafe. Ele havia conseguido provas de que Emma não estava no local na hora exata da queda. A narrativa era clara: Emma saíra discretamente do terraço para atender uma ligação importante e não presenciou o acidente.

As câmeras do prédio corroboravam a história: Emma havia sido vista saindo de uma porta lateral minutos antes do incidente. No entanto, o álibi crucial vinha de um dos aliados de Rafe, que afirmara tê-la visto em outro local pouco antes de Bart cair. Esse testemunho se tornou a base da defesa de Emma e foi suficiente para tirá-la do radar da policia.
Após semanas de análise, o capitão responsável pelo caso deu uma coletiva de imprensa:

— Após uma investigação rigorosa, concluímos que a queda do Sr. Bart Koch foi acidental. Não encontramos indícios de crime, e os depoimentos, bem como as evidências, apontam para um evento trágico sem culpados diretos.

Embora a declaração pública limpasse o nome de Emma, a situação deixou um gosto amargo para ela e Rafe.

Na sala de estar da casa segura onde estavam, Emma assistia à coletiva de imprensa na televisão. Ela estava aliviada, mas seu rosto mostrava um cansaço profundo.

— Acidental... — Emma sussurrou, cruzando os braços. — Isso ainda não apaga o que aconteceu.

Rafe, sentado ao lado dela, suspirou e passou a mão pelo cabelo.

— Você está livre, Emma. Isso é o que importa agora.

Emma virou o rosto para ele, os olhos cheios de lágrimas.

— Livre? Meu pai está morto, Rafe. E eu estou aqui, me escondendo como se fosse culpada de algo.

Rafe a puxou para perto, envolvendo-a em um abraço.

— Você não é culpada de nada, senhora esposa presidente gostosa. Você fez o que tinha que fazer. Seu pai estava te pressionando, e eu sei o quanto isso te afetava.

Emma respirou fundo, tentando absorver as palavras dele, mas ainda se sentia pesada com o luto e a culpa.

No entanto, havia uma questão pendente: o álibi fabricado por Rafe. A testemunha que afirmara ter visto Emma em outro lugar foi presa por perjúrio depois que a polícia encontrou inconsistências em seu depoimento. Embora isso não recaísse diretamente sobre Emma, era um lembrete do quão frágeis eram as bases sobre as quais sua liberdade se sustentava.

— Isso ainda pode nos atingir, Rafe — Emma murmurou. — Eles sabem que algo está errado.

— Eles podem até suspeitar, mas sem provas, eles não podem fazer nada — Rafe respondeu com firmeza. — Confie em mim, Emma. Eu vou proteger você, sempre.

Apesar das palavras tranquilizadoras de Rafe, ambos sabiam que o caso nunca seria completamente deixado para trás. Para o público, Bart Koch era uma figura poderosa que havia partido tragicamente. Para Emma, ele era o pai com quem tinha uma relação conturbada, mas cuja morte a assombraria para sempre.

Emma e Rafe voltaram ao local onde o funeral de Bart estava acontecendo. O ambiente estava pesado, marcado pela tristeza e o luto. Emma estava com um vestido preto simples, de tecido leve e fluído, que chegava até os joelhos, com detalhes delicados nas mangas. Ela usava uma maquiagem suave, mas seus olhos estavam vermelhos e inchados, reflexo das noites mal dormidas e do peso emocional. Ao seu lado, Rafe estava com um terno preto bem ajustado, camisa branca e uma gravata preta, mas seus ombros estavam tensos, e seu semblante carregava a mesma angústia que Emma.

Me and you - Emma Koch e Rafe CameronWhere stories live. Discover now