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Min Hee

— Mamãe, papai! Não vão!
— Filha, temos que ir. Então, não saia de casa e espere sua vó — minha mãe diz, acariciando meu rosto.
— Mas eu não quero que vocês vão morar em outro país!
— É por causa do nosso emprego. Em alguns meses, voltaremos para buscar você — meu pai dizia, meio triste. Mas eu sabia que eles não voltariam tão cedo.
— Então, temos que ir — minha mãe diz, saindo com as malas.

Meu pai fica por um instante.
— Adeus, minha princesa...
— Não, papai, por favor! — imploro, segurando seu braço.

Ele sai com a cabeça baixa, evitando me encarar, e logo vejo a porta sendo trancada. Corro até ela e começo a bater com força, na esperança de que eles voltem.

Eu me levanto rapidamente, como se tivesse despertado de um pesadelo. Eu queria que fosse apenas um sonho. Yoongi me olhava preocupado, o rosto suado e com um paninho molhado em mãos.
— Você está bem?
— Sim — respondo ofegante, olhando de um lado para o outro.
— Não, você não está! — ele diz, se aproximando e me abraçando. — Me perdoa por ter te deixado sozinha... Isso foi tudo culpa minha!

Eu me afasto do abraço, mas de forma calma.
— Yoongi, mas e você? Está bem? Eu fiquei com medo de te perder!
— Eu estou ótimo. Para de se preocupar comigo e comece a se preocupar com você.
— Que droga! Por que me trancou aqui, hein? — esbravejo, me levantando.

Ele se levanta também, parecendo ainda mais tenso.
— Min Hee, acho melhor você voltar para Seul.
— Não! Nunca! Eu vou ficar aqui com você! — exclamo com firmeza, mas ele respira fundo e bufa.
— Então o melhor é você ficar aqui, segura.
— Aish! Min Yoongi, eu sei me virar! Antes de te conhecer, eu conseguia tudo sozinha! — grito, mexendo no cabelo, frustrada.

Ele fica em silêncio por um momento, me olhando com olhos cheios de mágoa.
— Ok... Então, pra você, eu sou apenas um sufocador — ele diz, virando as costas e saindo da sala, chateado.

Eu caio no chão, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto enquanto a dor da discussão me consome.

Meus pais nunca mais voltaram desde aquela viagem por isso quero protejer o Yoongi eu o amo mas ele só pensa em mim e não nele isso me deixa nervosa

Yoongi

Eu saio sem rumo, parando em uma rua sem saída.

— Eu só quero protegê-la, mas ela insiste em ser forte... — murmuro para mim mesmo, frustrado.

Meu celular toca, e eu atendo sem olhar quem é.

— Alô?

— Min Yoongi? — Aquela voz... parecia familiar. Era ele, Park Song Yong.

— Seu maldito! O que você quer? — grito, cerrando os punhos.

— Hmm... digamos que estou a caminho do seu esconderijo, indo encontrar Kim Min Hee. — Sua risada ecoa do outro lado da linha, me enchendo de fúria.

— Nem pense em fazer nada com ela, seu idiota! — grito enquanto começo a correr em direção ao esconderijo.

— Ah, Min Yoongi, você deveria me agradecer por me livrar dela. Essa mulher quase destruiu tudo! Vou acabar com ela com as minhas próprias mãos. — Sua voz carregada de ódio faz meu sangue ferver.

— Park Song Yong, nem pense em encostar um dedo na minha mulher! — grito, aumentando a velocidade.

— Ah, bom saber que vocês estão de romance. Isso deixa as coisas ainda mais interessantes. — Ele ri, e, em seguida, ouço o som de uma porta sendo aberta.

— S-secretário P-Park? — a voz tremida de Min Hee soa do outro lado.

— Olá, senhorita Min Hee — ele responde com um tom debochado.

— PARK SONG YONG! — grito com todas as minhas forças, correndo como nunca.

Jisoo

O velório do meu pai havia terminado, e eu permanecia parada diante de seu túmulo.

— Papai, me perdoa... — murmurei entre soluços, deixando as lágrimas escorrerem livremente.

Senti a presença de alguém e virei a cabeça lentamente. Kai estava ao meu lado, seus olhos refletindo preocupação.

— Você não tem culpa de nada, Jisoo — disse ele, colocando a mão em meu ombro, como se pudesse dividir o peso da minha dor.

— Kai... é errado eu querer matar alguém? — minha voz soou rouca, carregada de uma emoção sombria.

Ele franziu o cenho, parecendo confuso.

— Por quê?

Olhei diretamente em seus olhos, deixando que todo o meu ódio transparecesse.

— Eu quero matar Min Yoongi! — exclamei, as palavras saindo como facas afiadas.

Kai engoliu em seco, desviando o olhar por um breve instante antes de me encarar novamente.

— Jisoo... olha, não pense em besteiras. Podemos entregá-lo para a polícia, mas fazer isso... isso não é certo.

— Não! Eu vou matá-lo, Kai. E se você tentar me impedir... eu... eu... — gaguejei, tremendo de raiva e dor.

— Jisoo... — Ele tentou intervir, mas minha mente estava mergulhada no caos.

— Droga! — gritei, pisando com força no chão enquanto mais lágrimas deslizavam pelo meu rosto. Senti meu corpo ceder ao peso de tudo, e chorei ainda mais, cada soluço como um grito silencioso da minha alma.

— Jisoo, você precisa se acalmar. Eu vou dar um jeito de entregá-lo para a polícia. Fica tranquila. — A voz de Kai era firme, mas carregada de preocupação.

— Não!! — gritei, a raiva transbordando. Comecei a bater nele, os punhos trêmulos atingindo seu peito em um impulso descontrolado.

Kai segurou minhas mãos com firmeza, mas sem machucar, tentando me conter.

— Jisoo, para! — Ele me olhava com seriedade, mas havia dor em seus olhos.

— Eu já decidi! — exclamei, ofegante, meu coração disparado e a voz cheia de ódio. — Eu vou matar Min Yoongi!

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⏰ Última atualização: 15 hours ago ⏰

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