22| A Alfa Maravilha

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As notícias correram como fogo em pólvora. Forks estava em polvorosa com os eventos recentes. Um supermercado em chamas, sem sobreviventes, exceto por uma jovem desconhecida, e agora, a cabana dos Leclair reduzida a escombros. Leah, com sua postura firme e olhar afiado, chegou ao local acompanhada por Embry Call. A alfa da matilha exalava autoridade, e mesmo em situações de tensão, ninguém duvidava de suas decisões.

Leah cruzou a entrada destruída da cabana com passos calculados, seus olhos analisando cada detalhe. A cena era de puro caos: os móveis estavam despedaçados, paredes rachadas, e o cheiro de magia pairava no ar como eletricidade estática. No centro, os corpos dos três Leclair estavam estirados, imóveis, como bonecos de pano jogados ao chão.  

_ O que diabos aconteceu aqui? - Leah murmurou, os lábios franzidos enquanto observava os corpos.  

Embry, guiado por um instinto que ele mesmo não compreendia, correu até Chloe. Ajoelhou-se ao lado dela, sentindo uma inquietação que o fez esquecer da destruição ao redor.  

_ Eles não estão respirando… - disse ele, olhando para Leah com olhos arregalados. - O coração deles… está parado.  

Leah inclinou a cabeça, avaliando a situação com uma calma implacável.  

_ Vamos levá-los para a tribo - decretou ela, sem hesitar. - E por precaução, vamos colocá-los na cela de contenção. Não quero correr riscos com eles acordando sem controle.  

Sem demonstrar esforço, Leah se abaixou e ergueu Max e Lilith sobre os ombros, como se eles não pesassem mais que sacos de farinha. Embry, ainda um pouco perplexo, pegou Chloe com cuidado, como se ela fosse feita de vidro.  

Enquanto caminhavam rumo à vila, Embry olhou para o rosto inerte de Chloe, um misto de preocupação e curiosidade o preenchendo.  

_ Alguma teoria, Leah? - ele perguntou, tentando esconder a ansiedade em sua voz.  

Leah manteve o tom frio e objetivo, mas seus olhos brilhavam com intensidade.  

_ Nenhuma que me agrade. Eles nunca foram claros sobre o quão imortais ou “ressurgíveis” são. - Ajustou Lilith no ombro, seu semblante endurecendo. - A única coisa que podemos fazer agora é esperar e estar prontos.  

Paul e Jared se juntaram ao grupo na entrada da floresta. Paul, com sua expressão usualmente sarcástica, carregava um peso de seriedade ao falar:  

_ Os humanos estão chamando o incêndio no supermercado de acidente por vazamento de gás. A garota sobrevivente desapareceu completamente, sem rastros.  

Leah lançou um olhar cortante para ele, avaliando suas palavras.  

_ Ela tem ligação com os Leclair?  

_ Não temos certeza, mas seria muita coincidência, não acha? - Jared respondeu, sempre cauteloso, um reflexo de sua lealdade à alfa.  

Leah parou e olhou para os dois, a firmeza em sua postura deixando claro que as ordens eram inegociáveis.  

_ Paul, Jared, vocês têm um trabalho e serão ótimos nele, levando em conta… bom o fetiche bizarro de vocês. - Leah disse e ouviu os dois rindo. - Quero essa garota sob minha vigilância o mais rápido possível. Vasculhem a cidade e depois sigam para a floresta. Se ela é uma brux… mágica, vai buscar abrigo onde se sente mais conectada. Façam o que for preciso, mas tragam-na.  

Paul sorriu de canto, tentando aliviar a tensão.  

_ Então agora a alfa entende de magia?  

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