Capitulo 44

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Rubi Sentinelli

Eu acordo com meu celular vibrando em cima da mesinha de cabeceira, vejo um número desconhecido no visor e atendo.

— Oi, quem é?

Oi Rubi, é a Celeste, meu namorado chegou e eu queria apresentá-los, você foi a primeira pessoa para quem eu contei.

Me sento na cama e ajeito meu cabelo enquanto ela fala.

— Podemos ir ao parque hoje, o que acha?

Estamos saindo do aeroporto agora. Nos encontramos em uma hora então. — Ela diz em um tom alegre. Desligo a chamada e eu vou me arrumar.

Grego já saiu de casa para ir trabalhar,  eu apenas tomo um banho rápido, visto um conjunto de blusa e saia de alfaiataria e calço uma sapatilha que combine com a roupa. Pego meu óculos de sol e vou para a cozinha.

Como um lanche natural e vou para a garagem.

No caminho para o parque, passo em frente a uma boate. Me lembro de quando eu estava naquele lugar, junto com todas aquelas meninas e a Rafaela.

— Rafaela? — Piso firme no freio, ouvindo o barulho dos pneus derraparem na pista e saio do carro depressa.

Uma mulher morena e de cabelos cacheados está limpando a fachada da boate me aproximo e toco no braço dela.

— Rafaela? — Ela se vira e vejo minha amiga.

— Rubi, meu Deus, ai, eu não acredito, você está viva. — Ela diz emocionada e eu a abraço.

— Ei você, eu conheço você, fique parada aí. — Um homem alto, másculo e velho diz alto correndo até nós.

— Entra no carro, vai. — Rafaela entra no carro e o homem segura em meu braço.

Facilmente, eu o derrubo no chão, com apenas um golpe, entro no carro e acelero o mais rápido que eu posso.

— Rubi, eles vão nos pegar. — Ela diz com medo.

— Não vão não, eles estão na minha cidade. — Digo convencida.

Eu ligo para o Grego e ele atende depressa.

Bom dia minha jói...

— Grego, eu estou com a Rafaela, tem uns caras me seguindo. — Digo olhando pelo retrovisor, avistando dois carros pretos.

O que? Mas... Droga Rubi, o que você está fazendo.

— Briga comigo depois, estou na avenida do parque, para onde eu vou?

Vem para a empresa, entre pelo subsolo, estarei esperando com a interpol estou esperando por você e por favor, tome muito cuidado.

Eu desligo a chamada e Rafaela fica me olhando. Eu ouço um barulho e desvio do tiro. Mais disparos acertam meu carro, eu piso firme no acelerador, apertando a buzina até que vejo a entrada do subsolo da empresa.

— Rubi, a gente vai bater. — Ela diz com medo quando vê outro carro na nossa frente.

— Não vamos não. — Destravo a porta dela e a olho.

— Você corre para o subsolo, deixa que eu cuido deles.

— O que você vai fazer?

— Confia em mim, o Gregorio está te esperando só o avise que eu vou entrar no subsolo de ré e o pessoal da interpol deve ficar de prontidão.

Eu paro o carro e a Rafaela sai correndo para dentro da empresa, eu dou mais uma volta no quarteirão enquanto meu carro é atingido pelas balas.

Finalmente eu volto para a entrada do subsolo e começo a descer com o carro na marcha ré. Eu destravo todas as portas e paro o carro.

— Vamos, entrem logo. — Falo depressa e aqueles homens com metralhadoras entram em meu carro.

— Rubi, onde você vai, sai desse carro. — Eu tranco as portas e abro a janela.

— Cuida dela, eu volto já. — Eu arranco com o carro e quando eu vejo um dos carros pretos eu acelero mais ainda.

Meu carro colide com o outro, me fazendo sentir o impacto da colisão, todos os homens da interpol descem e cercam os dois carros.

Eu saio pelo lado do passageiro e vejo Gregório correr até mim. Eu corro até ele, sentindo meu corpo fraquejar, foi muita adrenalina para uma pessoa de porte pequeno.

— Você ficou doida Rubi? — Ele pergunta alterado e eu sorrio.

— Pelo menos pegamos esses miseráveis. — Meu corpo fica mole e a visão escura, acho que é perigoso demais sentir tanta adrenalina assim.

Gregório Frank

Vejo o número dela no meu celular e atendo rápido.

— Bom dia minha jói...

Grego, eu estou com a Rafaela, tem uns caras me seguindo. — Eu me levanto da cadeira e toda a equipe da interpol me encara.

— O que? Mas... Droga Rubi, o que você está fazendo. — Minhas mãos tremem, eu começo a andar de um lado para o outro.

Briga comigo depois, estou na avenida do parque, para onde eu vou? — Ela diz com pressa e eu ouço tiros. Meu coração aperta e eu pego minha arma em cima da mesa.

— Vem para a empresa, entre pelo subsolo, estarei esperando com a interpol, estou esperando por você e por favor, tome muito cuidado. — Rubi desliga a chamada e eu vou para o subsolo com o batalhão da polícia e o capitão deles.

Passado alguns minutos, vejo uma mulher descer correndo.

— Quem é o Gregório? — Ela pergunta aflita e eu não vejo minha mulher.

— Cadê a Rubi, onde ela está? — Pergunto preocupado.

— Ela me pediu para avisar que vai entrar aqui de ré e que vocês fiquem prontos.

Os tiros ecoam do lado de fora e meu coração só aperta, o que deu na cabeça da Rubi de sair pela cidade sendo alvo de criminosos.

De repente, vejo o carro dela descer no subsolo de ré. Ele está todo destruído por tiros, o pessoal entra e eu vou até a porta da frente do motorista.

— Rubi, onde você vai, sai desse carro. — Peço nervoso, eu quero arranca-la de dentro desse carro. Tento abrir mas ela tranca as portas.

— Cuida dela, eu volto já. — Ela diz sem medo do que pode acontecer e arranca com o carro, ela acelera mais ainda e eu vejo seu carro colidir com o outro.

— Rubi. — Um grito sai de dentro de mim sem que eu perceba.

Corro até a rua, onde tudo aconteceu e vejo minha mulher saindo de dentro do carro pelo lado do passageiro, eu corro até ela e a seguro em meus braços.

— Você ficou doida Rubi? — Pergunto em um tom fora do meu normal e ela sorri.

— Pelo menos pegamos esses miseráveis. — Seus olhos se fecham e eu me desespero.

— Meu amor? Rubi, acorda Rubi. — Peço preocupado e me levanto com ela nos braços.

— Alguém... Tragam meu carro porra. — Grito com raiva.

— Rubi, meu amor, acorda. — Peço já sentindo as lágrimas tomarem conta da minha visão.

— Graças a Deus, ah meu amor. — Digo depois de vê-la abrir os olhos e me encarar.

Eu a abraço com força e sinto seu perfume. Ela fica em pé, o manobrista desce do meu carro e eu a guio até o banco do passageiro e coloco o cinto em volta do seu corpo, Rubi continua calada, ainda atordoada de toda a situação.

Entro em meu carro e a levo para o hospital. O que mais me importa agora, é a segurança da minha mulher e principalmente do meu filho.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora