Destino Implacável. [FINALIZADA]

189.

Votem e comentem, conto com vocês!!
Paola.

Inara: Ele tá irreconhecível. Sério... A gente não sabe mais o que fazer!

Inara veio me visitar na pista, aluguei um apê pequeno só pra não ter que ficar na casa da minha mãe.

Nada contra, mas depois que você tem sua casa, sua vida com seu filho e a sua liberdade de ir e vir você nunca mais quer voltar pra casa.

Inara veio trazer o Riquelme, pois ele tava na casa da bisa. Aí ela tá me contando sobre o bofe né? Perguntei? Não!!! Mas mesmo que eu não queira saber, diga que não quero ouvir ela fala.

Quando contei, ficou todo mundo sem acreditar! A verdade é que geral me culpou né? Achou que eu quem tinha feito alguma merda, pois o bofe era cego de amor por mim, vivia atrás e do nada tudo mudou!

Tive que convencer que a culpa não foi minha, que eu não queria saber de nadaaa!! Cara, foi foda. Chorei contando para elas, e elas choraram junto.

Mas agora eu parei com isso! Decidir não derrubar nenhum lágrima, nunca mais!! Se é isso que ele quer, que assim seja. Só quero que ele der atenção ao filho que é muito apegado a ele.

Sobre a viagem pra Espanha, eu confesso que pensei muito em ir. Queria pegar minhas coisas e desaparecer, mas isso não é justo com a minha mãe e com a família do bofe. Eles merecem ver o Riquelme e a Luna crescerem, e eu tenho certeza que o melhor lugar pra fritar eles é aqui.

Não quero criar meus filhos em outro país, mesmo sabendo que seria uma boa escolha só pela qualidade de vida mas o que adianta? Crescer longe da família? Ainda mais o Riquelme!

E sinceramente, não consigo acreditar que ele quer isso. Não entra na minha cabeça que ele mudou assim, do nada! Me pediu tanto essa filha e agora nem pergunta mais sobre!

Paola: Mona, esquece ele! — falei bolada.— Ou pelo menos me deixa esquecer!

Inara: Você vai desistir do seu marido assim? É nítido que ele não tá bem, e que tem alguma coisa por trás!— neguei com a cabeça.— Ele te ama, pô! Tá entregue as drogas, você sabe que ele nem é dessas cosias. Tá se matando aos poucos!

Paola: Você esqueceu quem terminou? Quem me mandou dinheiro pra mudar de paz??? Se liga, se ele tá assim foi por consequências das escolhas dele.

Inara: Eu só quero acordar desse pesadelo! — falou nervosa.— Você faz parte da família, Paola. Por conta dessa separação ninguém tá me paz!

Paola: Vocês vão ter que aprender a conviver! Não vou deixar de mandar o Rique, e quando a Luna tiver mais velha eu mando também... Mas eu não volto pra lá nunca mais.

Ela negou com a cabeça, mas não respondeu! Pedir pra ela não ficar falando sobre ele, pois eu queria relaxar um pouco... Tava cansada e queria relaxar, ver o mar.

Chamei ela pra ir no pesqueiro, e ela topou. Pedir a vizinha que olha o Rique as vezes pra ficar, e graças a Deus ela tá em casa!

Minha barriga ainda é pequena, mas já está super amostra então meu look foi um vestidinho belo, coisa de grávida mesmo, rs.

O pessoa fica de cara com a minh barriga. Inclusive, essa semana rolou uma situação no mercado que olha, sair da lógica. Eu na fila preferencial e a velha me olhando torto e soltando indireta, dizendo que eu estava tomando o lugar dela.

Até eu provar que eu estava grávida, foi babado. Mas eu não posso fazer nada se a Luna é pequena, eu quase não engordei e olha que já tô com cinco meses, quase seis.

[...]

Noite tava tranquila. A gente já até saiu do pesqueiro né? Lá tava cheio demais, e eu tô odiando multidões.

Viemos jantar, apesar de eu não está com a melhor roupa eu tava louca pra vim em um restaurante novo que abriu no meu bairro, e puta que pariu... Só gente fina.

Inara: Cara, que lugar tilt! Olha as músicas que tocam??? Uó.

Paola: Chata! Você que não sabe apreciar coisas boas. Só que viver enfiada lá na favela.

Ela me deu o dedo do meio e eu a repreendi. Cara, ela é uó... Por ela, só vivia lá dentro naquele mundinho. Aa, Deus me livre. Por isso que eu batia testa com o bofe pra sair de casa, lá eu me sinto presa.

O restaurante que a gente tava também era de frente à praia, e estávamos no andar de cima onde dava pra ver tudo. E puta que pariu, que vista!!! Era tudo muito lindo.

Paola: Cara, olha lá... Aqueles dois caras ali. Conheço de alguma lugar! — falei encarando a rua.

Inara olhou na mesma direção que eu, e confirmou com a cabeça assentindo. Ficamos tentando lembrar da onde né? Pois eu tinha certeza que conhecia.

Inara: Ué... Lembrei! São lá na favela.— falou me encarando.— São seguranças do Nicolas.

Paola: Ué?!! O que os seguranças do bofe estão fazendo aqui??? Eu hein!— encarei ela sem entender.— Pois, eu vou lá perguntar.

Chamei o garçom correndo e fizemos o pagamento da conta. Eu nem tinha terminado de comer ainda, mas eu confesso que fiquei curiosa e louca pra saber o que eles queriam.

Quando eles viram a gente indo na direção, foram correndo entrar no carro mas fomos mais rápidas né?

Paola: Tão fazendo o que aqui?

Xxx: Coé... Viemos passear! Pode não, pô??

Inara: Vocês passear??? Aaa, me poupem! Nem da favela vocês saem direito, vivem grudados no NC.— falou rindo.— Fala a verdade, anda.

Os meninos eram novinhos né? Papo de uns dezesseis, dezessete anos. Só sei que não são de maior.

Eles não queriam falar, de jeito nenhum. Mas a gente ficou no pé, falei que ia denunciar eles por importunação e os caralhos, aí tremeram na base.

Xxx: Coé, pelo amor de Deus... Não conta o paizão que vocês viram nós não! Mas como... Ele pediu pra nós fazer tua contenção.— me encarou.— Desde que tu saiu de lá, que nós tá fazendo tua segurança.

Paola: Como assim???

Cara, o bofinho entregou tudo. Disse que não era só eles dois, que tinham mais e que até revezamento eles fazem  só pra não deixar em nenhum momento eu ou o meu filho sem segurança.