Capítulo 1 👩🏾‍💻

447 125 19
                                    

Arrumo os papeis em cima da pequena mesinha que tem aqui, coloco o notebook no lugar correto, o alinhando certo, deixando reto e pego um copo de whisky, despejando o liquido cor de âmbar, com garrafa sendo de cristal e coberta por 8

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Arrumo os papeis em cima da pequena mesinha que tem aqui, coloco o notebook no lugar correto, o alinhando certo, deixando reto e pego um copo de whisky, despejando o liquido cor de âmbar, com garrafa sendo de cristal e coberta por 8.500 diamantes, 250 rubis e 11 kg de ouro branco.

Custando 6, 2  ...... Milhões, o que convertendo para o nosso país, ele pagou 35,41. O que é 35, 41 Milhões para um bilionário, não é mesmo?

O que me deixa indignada.... Sabe o que ele, meu chefe faz com a garrafa, que é de diamantes, rubis e ouro branco? ......  Sim, é isso que está pensando.... Ele joga fora! FORA!

Como se não fosse nada, e bem, para ele não é nada mesmo.

Uma vez, acabei derrubando sem querer e obvio que quebrou, estava com muitos papeis na mão e entrei em desespero, comecei a chorar sabendo que teria que vender tudo que tinha para poder pagar, o que me fez chorar mais ainda, já que não tinha nada.

O meu antigo chefe, pai do meu chefe atual, entrou e viu aquela cena, se aproximou rápido com a sua esposa e me tirou do chão, comigo chorando e soluçando pedindo desculpa, ele mandou eu calar a boca  ..... Sim, calar a boca e simplesmente começou a brigar comigo, mas por estar catando caco de vidro e ter ferido as minhas mãos, algo que nem tinha visto que estava com cortes.

Os dois cuidou de mim e ele nem ligou para a garrafa, disse que aquilo era de menos e que nunca mais era para eu fazer aquilo. A partir dali ele e eu viramos muito amigos, contávamos de tudo um para o outro, mas infelizmente teve que se aposentar e deixou seu filho no lugar.

Achei que minha vida iria voltar a ser como era antes, mas Gustavo, meu atual chefe, me tratou muito bem e sempre foi muito educado e sorridente, como se eu fosse da sua própria família.

Porque é isso que eles são para mim, mesmo não sabendo, é o que são.

Quando termino de colocar, pego um papel e coloco debaixo do copo e o levo para perto do note, ouvindo passos entrando no jatinho e ao olhar para a porta, vejo Gustavo entrando lendo um papel e com o celular no ouvido, revirando os olhos.

-- Já entendi, pai. – Fala resmungando e para no meio do jato. – Ela vai ficar bem e eu também, tá, senhor Salles. – Resmunga e tenho vontade de sorrir.

Assim que desliga, suspira e passa por mim, se jogando no acento e bebe o liquido como se fosse refrigerante e me encara com a cara de tédio.

-- Você não descansa não? – Pergunta e fico confusa, levando no automático as mãos no rosto, o que faz ele rir. – Não estou falando disso, Myn. – Nega. – Está sendo sempre pontual, sempre ereta, cordial e correta. –

-- O senhor quer que eu seja menos? – Pergunto ainda confusa com o que quis dizer com aquilo.

-- Senhor? Nos conhecemos a mais de um ano, Myn! Já passamos dessa fase. – Revira os olhos e aponta para o acento a sua frente. – Venha, se senta aqui comigo. – Praticamente manda.

Assim que faço isso, arrumo a minha saia e ele me olha confuso. Olhando em todos acentos, procurando algo.

-- Cadê a sua bolsa? – Pergunta, sendo a vez dele de ficar confuso. – Vamos para o Canadá, myn. – Explica o que já sabia.

-- Não tive tempo de ir em casa, o senhor pediu o relatório quando disse que iriamos para uma viajem de estrema importância. – Falo o encarando e o mesmo suspira.

-- Deveria ter me falado ou ido mesmo assim, garota! – Bufa bravo. – Sabe o que meu pai vai fazer comigo quando souber o jeito que você está indo para aquele gelo? Ele vai me matar, mas tudo bem, ele está protegendo a princesinha dele. – Resmunga fazendo bico. – Damos um jeito quando chegarmos lá. – Confirmo.

Ele começa a mexer nos papeis e notebook, provavelmente começando a analisar o que iriamos enfrentar assim que chegarmos naquele país para um novo contrato e quando iria abrir o meu tablete, ele coloca a mão em cima.

-- Eu vou trabalhar, você vai fazer outra coisa sem ser algo sobre o trabalho. – Iria retrucar. Precisava estudar sobre a empresa. – É uma ordem. – É a última coisa que diz e sei que não gosta de ser contrariado.

Largando o aparelho, solto um suspiro e olho para fora, vendo que o jato estava começando a subir e coloco o meu cinto, apertando com medo de algo acontecer.

Preciso me acalmar e descansar um pouco mesmo. Estava cansada, isso tenho que confessar, ainda mais nesses dias que foram de viagem e viagem. Essa é a sexta nesse mês.

Encosto minha cabeça na janela olhando o céu e sorrio com aquilo, o quão bonito é e sorrio mais ainda ao saber que iria conhecer a aurora boreal.
(....)

Acordo assustada quando sinto ser tocada nas pernas e olho, vendo o Gustavo na minha frente tirando o sobretudo de si e sua perna tocava na minha. Me sento confusa e olho para ele e para os lados, vendo que tínhamos pousado e estranho não terem aberto a porta, o que sempre fazem ao pousar.

-- Coloque isso. – Me estende.

-- Mas é o mais quente que o senhor tem, vai ficar com frio. – Falo me levantando e vejo que ele arrumou tudo e quando iria dizer sobre isso, por ter dormido e não acordado na hora, ele me puxa para mais perto de si e coloca o sobretudo em mim a força mesmo, mas não me machucando.

-- Vista, coma, se vire e vamos embora. – Fala e me dá um lanche natural, me virá para a porta do jatinho e sai me levando.

Ao ser aberto, me encolho pelo frio e sinto o lanche congelar só pelo vendo. Meu deus, para que tanto frio em um lugar só?

Vou descendo mordendo o lanche, sentindo o frio mesmo somente nas pernas, já que Gustavo é grande e eu pequena, fazendo aquilo um vestido em mim.

Tinha um carro nos esperando, entramos e Gustavo fecha as janelas, cobrindo minhas pernas com o sobretudo que caiu para o lado e começa a mexer no celular.

-- A reunião será amanhã. – Informa e concordo. – You can go now. – Fala para o moço que estava no motorista, dizendo que já pode ir.

Olho para fora, vendo a maioria das coisas com neve e fico ansiosa para sair do carro e pode tocar para ver se é macia mesmo e congelante. Ver pela tevê não é a mesma coisa que tocar pessoalmente.

-- Não vai colocar na boca quando sair do carro, né? – Olho para ele e deixo os ombros caírem, o que faz o mesmo rir. – As pessoas pisam nisso, Myn. – Nega sorrindo. – Não vai colocar isso na boca.

Cruzo os braços virando a cara para a janela, ainda ouvindo sua risada consideravelmente alta. Chato!

(....)

Assim que chegamos, saio do carro nem esperando ele e me abaixo, tocando a neve sorrindo ao sentir que realmente é macia e quando vou colocar o meu dedo na boca, onde tinha alguns fiapos, sou puxada para cima.

-- Para de ser doida. Ligo para o vô, hein. – Sai me puxando para dentro. – Olá, tenho uma suíte no nome Gustavo Salles. – A moça verifica no computador e confirma, falando onde ficava e dá a chave. – Sei que não gosta de ficar sozinha nos lugares que não conhece, então tomei a liberdade de ficarmos juntos na mesma suíte, mas tem dois quartos, não se preocupe. – Confirmo e subindo as escadas.

Sei que estava subindo aqui por mim. Não gosto de elevador, nunca sei se ele vai parar e isso me deixa nervosa. Por que aqui estou sentindo que será diferente, sentindo que algo irá acontecer. Espero que algo bom, não gosto de coisas ruins.

🌟.....

💬 38

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 20 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Minha Onde histórias criam vida. Descubra agora