Percy sempre havia desejado ter um pai.
Uma figura masculina presente em sua vida que realmente o amasse e cuidasse dele.
A primeira pessoa que havia feito esse papel na vida de um jovem delinquente traumatizado fora Quiron, um centauro que havia se passado por professor deste mesmo aluno. Engraçado, não?
Ele, pela primeira vez, aprendera o sentimento de sentir, finalmente, confortável com a presença de alguém do mesmo gênero que ele.
A segunda pessoa a fazer esse papel na vida dele fora Paul. Nunca seu pai, sempre seu padrasto.
Que o oferecera carinho, amor e um porto seguro em que o garoto poderia carregar seu pesado barco.
E, por último lugar nessa curta lista vinha seu próprio pai.
Pessoa que Percy sempre se perguntara por que não estava presente na vida dele, será que ele era uma criança tão ruim que não merecia a atenção do próprio pai?
Será que a sua burrice e a falta de normalidade dos olhos com subtons profundos de verde havia afastado aquele que deveria ser seu maior herói?
Será que?
Será que?
Será que?
Martelava na cabeça de Percy até ele descobrir que seu pai era um deus grego, e por isso ele nunca fora presente, não tanto como gostaria, mas isso não anulava o trauma de um garoto de apenas doze anos.
O trauma que ele tinha do padrasto abusivo que batia e abusava dele, de diferentes formas. A forma suicida de pensar que era tão ruim que até seu pai havia o deixado. A dor nunca poderia ser apagada.
Percy nunca teve um max steel, ou um herói para se inspirar na infância, afinal, ele era o garoto quebrado.

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não tive max steel, meu herói era ele, meu jogador de futebol preferido era ele
Fanfictioneu sei que você tem problemas com seu pai.